Audiência “O Pantanal é Nosso” valoriza homem pantaneiro

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Com diversos produtores na plateia, entidades e autoridades a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) promoveu na manhã desta sexta-feira (1) a audiência pública “O Pantanal é Nosso”, no Plenarinho Nelito Câmara. O debate exaltou a importância do homem pantaneiro e da preservação do bioma. A vocação do Pantanal para a pecuária também foi confirmada pelo vice-presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrisul), Dácio Queiroz. “A vocação do Pantanal é ser celeiro de proteína bovina. Estamos afinados, entre municípios e instituições, com os pantaneiros, para dizer que merecemos o aumento dos índices de IDH e com isso o pantaneiro há de retornar, porque cada vez mais, com a tecnologia, sem ferir a sustentabilidade, fazemos com que eles possam ser ainda mais produtivos. Para ser moderna, a legislação não precisa ser restritiva”, ressaltou.

Já o presidente da Sociedade em Defesa do Pantanal, Nilson de Barros, relembrou que foram dois anos de estudo para a construção da legislação atual. “Exaustivamente discutimos com base em dois grandes estudos, um da Embrapa e outro da USP [Universidade de São Paulo]. Então no meu entendimento, tudo que se está sendo discutido já está pronto com a legislação que se tem, porque o pantaneiro não aceita perder mais nada. Ele podia usar sua área em 80%, agora somente em 60%. Por que só nós temos que arcar com o ônus? Não podemos perder mais nada”, questionou.

O médico veterinário, Rene Miranda, que compõe o Sindicato Rural de São Gabriel do Oeste, disse que ao longo de 36 anos prestando serviço no Pantanal, é possível que seja a produção mais sustentável do mundo. “Quem não conhece o homem pantaneiro, que abre mão do seu conforto para garantir a sustentabilidade, respeitando o ciclo das águas e do fogo, mas que não tem em contrapartida uma legislação que faça a sustentação do produtor”, lamentou. A também médica veterinária, Ana Cristina Andrade Bezerra, contou que viu uma escola com 60 crianças e apenas uma professora.  “Quero deixar como sugestão a isenção de impostos às escolas no Pantanal, para que se preservem as famílias por lá”, disse.

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