Para amenizar a atual crise de produção do leite, devido ao cenário crítico pelo qual passa a cadeia produtiva do leite em todas as regiões do Estado e país o coordenador da Frente Parlamentar do Leite da Assembleia Legislativa de MS (ALEMS), deputado estadual Renato Câmara (MDB), esteve reunido com os integrantes da Câmara Setorial do Leite de Mato Grosso do Sul.
“Apresentamos propostas emergenciais que podem ser construídas e colocadas em prática pelo Governo do Estado para tentar amenizar os efeitos desta crise sem precedentes”. Afirma Renato Câmara dando conta de que a crise foi agravada pela política nacional de importação de leite e derivados dos produtores estrangeiros oriundos do Mercosul, o que tem impactado negativamente nos preços para os produtores locais, dificultando para alguns e inviabilizando para outros a sobrevivência na atividade da pecuária leiteira e toda a cadeia produtiva.
Durante a reunião com as presenças do secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico, Rogério Thomitão Beretta, da vereadora de Terenos Lucílha de Almeida, do coordenador da Câmara Setorial do Leite e presidente do Silems Paulo Fernando Pereira Barbosa, representantes da Famasul, Senar-MS, empresários e produtores de leite, todos debateram a situação. Os produtores, os agroindustriais e o deputado Renato Câmara apontaram uma proposta exequível e emergencial em ofício endereçado ao Governo do Estado.
O secretário-executivo, Rogério Beretta, considerou que para mudar a realidade o Estado precisa passar por mudanças estruturais que vão da profissionalização da atividade, investimento em tecnologia, entre outras ações. “Recebemos esta demanda do setor leiteiro e estamos trabalhando em um plano para melhorar as condições para a produção e atender as reivindicações”, disse ele.
De acordo com as reivindicações dos produtores cooperados da COOPLAF que estão “sentindo na pele” os impactos negativos deste cenário, algumas das propostas com pontos importantes para garantir a sobrevivência na atividade foram apresentadas. Dentre elas, reivindicando medidas de promoção do consumo do produto local; medidas compensatórias para a cadeia do leite; disponibilização de linhas de créditos emergenciais para a indústria leiteira, com juros subsidiados, com maior carência e prazo para pagamento.
Os produtores também oficializaram o pedido de: isenção temporária de tributos estaduais, até o limite da renúncia fiscal prevista na estimativa da receita orçamentária inserida na LDO; redução do ICMS para os produtos utilizados na alimentação animal; solicitação da implementação de um rigoroso Plano Estadual de Fiscalização Sanitária para o leite e derivados importados; implementação da cobrança de tarifa alfandegária sobre produtos lácteos de origem animal, in natura ou processados, dentre outras sugestões.
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