Ação aquece inverno na favela do Linhão

Favela do Linhão

A Campanha do Agasalho promovida pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) realizou sua 8ª ação, desta vez na comunidade da favela do Linhão. Durante o ano, o tribunal recolhe roupas, casacos e cobertores, com o intuito de levar para as regiões mais carentes de Campo Grande, e apenas na ação desse sábado (27) cerca de 8 mil peças foram compartilhadas entre os moradores .

A solidariedade cria raízes e a própria comunidade busca estender os bons frutos. O tribunal iniciou a campanha para recolher agasalhos há quatro anos, por meio do Pacijus, que realiza diversos trabalhos com as comunidades carentes durante todo o ano.

A coordenadora do Pacijus, Marta Lopes, aponta que a campanha este ano teve um apoio extra. “Essa é nossa 8ª entrega das doações recolhidas na Campanha do Agasalho. Este ano a rede municipal realizou a gincana, e teve escola que chegou a arrecadar 10 mil peças, outras 8 mil. As doações que nós trouxemos na favela do linhão foram fruto das arrecadações de só uma escola. E este ano ainda vamos realizar a entrega em outra comunidade”, diz Marta.

Segundo a coordenadora da comunidade, Leliane Pereira, 39, é comum levarem ações para a região. E destaca que doações são sempre bem-vindas. “Nós recebemos algumas doações, e apesar de o inverno acabar, nós podemos nos preparar para os outros anos. É só cuidar que dura muito tempo, e é aquela coisa, quem guarda sempre tem”, destaca Leliane. Para a manicure Gilmara Vitorino, 24, como nem toda comunidade pode estar presente durante a ação, então esse trabalho se estende depois que o grupo vai embora. “É normal pegar roupa que às vezes não serve em alguém da casa, e então nesse momento que a gente troca com os vizinhos, passa para aqueles que não puderam ir. Aqui nós estamos sempre nos ajudando”, ressalta Gilmara.

A ação contou com parceria do clube internacional Lions e do grupo Escoteiros Mário Dilson (35ª de MS); juntos eles organizaram as doações e atenderam a comunidade. Voluntária há 34 anos, Marilu Borges, 69, veio com o marido e destaca a importância dos trabalhos para a comunidade.

“Nós levamos ajuda para diversas comunidades aqui do município, e já realizamos trabalhos também no interior. Acho importante nós nos unirmos para tentar levar um pouco de conforto para os menos afortunados, ainda mais no frio”, indica Marilu. Acesse também: Parada Nerd será realizada nos dias 19 e 20 de outubro

(Texto: Amanda Amorim)

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