Sem prescrição médica, vale “bom senso” dos pais para vacinar a criançada

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Foto: Divulgação/Governo de SP

O governo federal anunciou hoje (5) a inclusão de crianças de 5 a 11 anos no plano de operacionalização de vacinação contra a COVID-19. As primeiras doses pediátricas contra a doença – somente do imunizante Pfizer – deverão chegar ao Brasil no dia 13 de janeiro. Após consulta pública, o Ministério da Saúde “desistiu” de obrigar a prescrição médica para a vacinação dos pequenos. Portanto, segundo o titular da pasta, ministro Marcelo Queiroga, resta aos pais “bom senso” se querem ou não vacinar a criançada.

“Nossa campanha de vacinação só tem esse sucesso extraordinário porque as pessoas são livres para escolherem a vacinação. E o brasileiro tem uma tradição de procurar as vacinas. Por isso que a gente vai tão bem”, elogiou o ministro sobre a própria pasta que comanda.

Ao ser questionado na coletiva desta quarta-feira se aconselharia um pai com dúvidas a vacinar seus filhos, Queiroga driblou a pergunta dizendo: “procure um médico de confiança”. Inclusive, esta é a recomendação do próprio ministério: que os responsáveis consultem especialistas em saúde antes de levarem suas crianças para tomar a vacina.

Esquema vacinal

Com duas doses pediátricas, apenas muda o intervalo entre as aplicações – de 21 dias (adultos) para oito semanas (crianças). O tempo é superior ao previsto na bula da vacina da Pfizer, mas, segundo o ministério, “é eficaz e mais seguro”. Para a pasta, há maior risco de miocardia (inflamação na parede do coração) caso não seja respeitado o prazo determinado.

Será preciso que a criança vá vacinar acompanhada dos pais ou responsáveis, ou então com uma autorização por escrito.

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