Infectologista cita a imunização e sua influência na queda de casos

Foto: Mesmo com índice
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Foto: Mesmo com índice abaixo do esperado, vacinação já mostra melhores resultados/Divulgação

Boletim da Fundação Oswaldo Cruz aponta interrupção da doença

Após a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) apontar a interrupção no avanço da influenza no país, pelo boletim Infogripe, infectologista afirma que a imunização natural é um dos pontos mais significativos para a queda dos casos virais. De acordo com o boletim, o predomínio da manutenção de queda nos casos positivos para Sars-CoV-2 na população adulta na maioria dos Estados e indícios de interrupção no aumento das ocorrências associadas ao vírus influenza A.

Nas crianças, o VSR (Vírus Sincicial Respiratório) segue como o principal vírus identificado. A análise, que tem como base os dados inseridos no Suvep-Gripe (Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe), até 5 de julho, é referente à Semana Epidemiológica 26, período de 25 de junho a 1º de julho.

O jornal O Estado conversou com o infectologista Rodrigo Coelho, a respeito da motivação para essa queda e se a imunização pela vacina contra a gripe seria a verdadeira responsável pela queda dos casos de doenças virais.

De acordo com Rodrigo, a principal causa é a imunização natural juntamente com a imunização por fármaco. Ele destaca que não podemos esquecer que o contato contínuo de uma população com os agentes infecciosos pode provocar uma resistência natural, devido às diversas infecções.

“Isso é a imunização natural, mas a imunização por vacinas deve permanecer, para proteger os grupos de risco, que são formados por aquelas pessoas que podem evoluir mal com a doença. A pandemia também, de certa forma, trouxe hábitos peculiares de proteção contra esses agentes respiratórios que não utilizávamos no passado e que hoje, incorporamos no nosso dia a dia, como o uso de máscaras perto de doentes e para os sintomáticos e utilizar álcool nas mãos, por exemplo”, afirmou Coelho. 

De acordo com o último relatório divulgado pelo Serviço de Imunização da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), 37,46% do público- -alvo foi vacinado em Campo Grande, o que representa 1126.985 pessoas de um público estimado em 339 mil pessoas. Os idosos, com 60 anos ou mais, estão entre os que mais se vacinaram. Conforme o relatório, aproximadamente 68,5 mil foram vacinados, sendo 50,87% do público de 134.732 pessoas nesta faixa etária. Em relação ao público geral, até o momento, foram 92.713 pessoas vacinadas.

Na última campanha, a cobertura foi muito abaixo do recomendado, que é de pelo menos 90% para cada um dos públicos. Em 2022, apenas 43,4% de todo o público-alvo buscou a vacinação. A vacina disponibilizada pelo SUS (Sistema Único de Saúde), em todas as unidades de saúde da Capital, protege contra os vírus H1N1 e H3N2 da Influenza A e contra a Influenza B, sendo eficaz contra as três formas diferentes de gripe.  

Prevenção – Cuidados simples ajudam na prevenção contra a gripe

 – Lave as mãos com água e sabão e use álcool gel 70% regularmente, especialmente depois de tocar o nariz e a boca ou superfícies que possam estar contaminadas;

 – Proteja o nariz e a boca. Cubra-os enquanto espirra ou tosse e use lenços descartáveis. – Evite tocar a boca e o nariz.

 – Melhore a circulação de ar abrindo as janelas.

 – Evite ficar por muito tempo em locais com grande aglomeração de pessoas.

 – Mantenha hábitos saudáveis: coma e durma bem, além de fazer exercícios físicos regulares.

Por Camila Farias 

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