Gotinha contra a Pólio será trocada pela vacina em meio a alto risco de casos no Brasil  

Substituição ocorrerá em todo o país - Foto: Divulgação/Governo Federal
Substituição ocorrerá em todo o país - Foto: Divulgação/Governo Federal

Em menos de dois meses, a gotinha contra poliomielite será trocada até o dia 4 de novembro pela vacina em todo o Brasil. Dados do Plano de Mitigação de Risco de Reintrodução do Poliovírus Selvagem e Surgimento do Poliovírus Derivado da Vacina indicam que sete em cada 10 municípios têm risco alto ou muito alto para pólio e, para evitar novos casos, a vacina será aplicada.

A troca tem o aval da CTAI (Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização) e é recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Em 2023, o Ministério da Saúde informou que passaria a adotar exclusivamente a VIP no reforço aplicado aos 15 meses de idade, até então feito na forma oral. A dose injetável já vinha sendo aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Já a dose de reforço contra a pólio, antes aplicada aos 4 anos, segundo a pasta, não será mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses vai garantir proteção contra a pólio.

Conforme o levantamento, dos 5.570 municípios brasileiros, pelo menos 68% estão classificados atualmente como em risco alto ou muito alto para poliomielite, conhecida popularmente como paralisia infantil. O índice representa um total de 3.781 cidades, sendo a maioria (2.104) categorizada com alto risco para a doença. Há ainda 1.342 municípios brasileiros classificados como em médio risco e apenas 447 catalogados como em baixo risco para a pólio.

Por Michelly Perez 

 

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