Entre os dias 13 e 17 desta semana, diretores distritais, gerentes e servidores das unidades da Rede Municipal de Saúde de Campo Grande passaram por treinamento sobre às medidas a serem adotadas em casos de suspeita de violência.
Segundo dados do Núcleo de Prevenção das Violências e Acidentes da Sesau, entre os anos de 2017 a 2021, foram notificados nos serviços de saúde de Campo Grande, 10. 073 casos de violência contra crianças e adolescentes, sendo, 735 casos de abuso sexual. Somente no ano de 2021, foram ao todo 1.871 notificações, o que representa aproximadamente cinco casos de violência ocorridos com crianças e adolescentes por dia.
Como uma forma de fortalecer ainda mais este trabalho, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) está ampliando a oferta de capacitações aos seus profissionais visando o fortalecimento das ações de atendimento e prevenção, com objetivo qualificá-los para o acolhimento, atendimento, notificação e seguimento mais adequados visando a não revitimização e a interrupção das violências contra criança e do adolescente, em especial a violência sexual.
Os profissionais de saúde, na sua rotina, devem estar atentos a sinais e sintomas que possam ser indicativos que uma criança e adolescente estão em situação de violência. As notificações dos casos suspeitos são ações de prevenção, pois permite averiguar melhor a situação ou ocorrido junto aos familiares. Vale ressaltar que as violências contra crianças e adolescentes, na grande maioria, ocorrem dentro de casa e são praticadas por familiares ou pessoas de vínculo afetivo. Isso dificulta muito as ações de prevenção, pois muitas vezes se demora para identificar violência, que não deixam marcas, por exemplo.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Dr. Sandro Benites, quando o assunto é violência, é preciso conscientização e participação efetiva de toda a sociedade, em especial dos profissionais de saúde, por estarem frequentemente em contato com pacientes vitimizados. O secretário disse ainda que, além de atender bem a população, os profissionais precisar estar atentos e, na suspeita de qualquer tipo de violência, avisar imediatamente as autoridades competentes.
No âmbito da Saúde, os protocolos que versam sobre o combate à violência contra crianças e adolescentes devem ser amplamente discutidos e tema de capacitações a serem intensificadas, considerando que as unidades de saúde pontos estratégicos para acolhimento e atendimento de qualquer tipo de violência, sobretudo as cometidas contra crianças, adolescentes e mulheres.
Uma vez que os profissionais da saúde têm a possibilidade de realizar avaliação clínica e identificar sinais e sintomas físicos, emocionais e comportamentais que sejam indicativos de violência, observando as políticas de notificação e atendimento instituídas pelo Ministério da Saúde.
No Município, a prevenção e combate às violências contra crianças e adolescentes também é desenvolvido através de ações estratégias em diversas pastas, como na Educação e Assistência Social.