Estudo aponta: meninos vão menos ao médico

Estudo aponta que meninos vão ao médico três vezes menos

Estudo aponta: meninos vão menos ao médico. Isso comparado às meninas que vâo três vezes mais cuidar da saúde durante a adolescência, de acordo com levantamento feito pela SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) a partir de dados do Ministério da Saúde. Os dados foram obtidos de 2020, do SUS (Sistema Único de Saúde), com 6,9 milhões de meninas, com idades entre 16 e 19 anos, e 2,1 milhões de meninos na mesma faixa etária.

“A falta de acompanhamento médico dificulta o acesso desses jovens a informações sobre a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis”, destaca o presidente da seccional de São Paulo da SBU, Geraldo Eduardo de Faria. Para ele, trata-se de um adolescente abandonado, que não tem um apoio do serviço de saúde. 

A SBU fez outra pesquisa em 2020, nesta 44% dos adolescentes não usaram preservativo na primeira relação sexual e 35% não usam ou usam raramente o item de proteção. Além disso, não sabem sequer colocar o preservativo, 38,5% dos meninos.

tradicionalmente

Diferente das meninas, Faria explica que as crianças são acompanhadas por pediatras durante a infância e, na transição para a adolescência, as meninas passam a visitar o ginecologista. “O menino fica sem nenhum outro profissional que possa seguir na sua adolescência. Tradicionalmente os homens se cuidam de uma forma pior que as mulheres. Isso já vem provavelmente da própria adolescência”, comenta o médico.

Outro dado alarmante da SBU é que os meninos se vacinam menos contra o HPV. A partir de dados do DataSUS, a entidade mostra que a cobertura vacinal para jovens entre 11 e 14 anos é de 65,8% para o sexo feminino e 35,6% para o masculino.

Para tentar mudar essa situação, a SBU lançou a 4ª edição da campanha #VemProUro, para conscientizar sobre a importância dos jovens visitarem regularmente o urologista. Segundo Faria, a entidade tem buscado diálogo com os pediatras para que eles orientem os pais sobre a importância de manter o acompanhamento médico dos meninos.  Por isso, a ideia é transformar esta realidade: “Estudo aponta: meninos vão menos ao médico”. Nesta: “meninas e meninos vão ao médico regilarmente”.

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