Uma parceria entre a Prefeitura, a Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e a Secretaria Estadual de Saúde (SES) está revolucionando a abordagem de vigilância epidemiológica na capital do Mato Grosso do Sul. A introdução da Vigilância Sindrômica está permitindo a detecção precoce e o monitoramento ativo de padrões de doenças na população, capacitando as autoridades de saúde a adotar medidas preventivas e rápidas em resposta a ameaças de surtos.
A Vigilância Sindrômica é uma estratégia inovadora que se concentra na identificação de um conjunto de manifestações clínicas, visando a detecção antecipada de uma ampla gama de casos de doenças. Seu objetivo principal é evitar ou minimizar surtos ao identificar padrões suspeitos antes que eles se espalhem amplamente. Através dessa abordagem, as autoridades podem tomar medidas proativas para conter a disseminação de doenças, protegendo a saúde pública.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a colaboração entre a Prefeitura, OPAS e SES, se manifestou através da detecção oportuna de eventos de saúde antes que eles ganhem proporções alarmantes. No foco dessa iniciativa está a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Coronel Antonino, pioneira na implantação da Vigilância Sindrômica em Campo Grande. Sob a supervisão da biomédica Laisla Zanetoni, a triagem dos pacientes agora é acompanhada com o olhar atento à identificação de padrões de sintomas suspeitos, independentemente de uma suspeita clínica anterior.
“Quando o paciente passa pela triagem da unidade, nós o informamos sobre os sintomas que ele apresenta e que se enquadram em uma das síndromes que estamos monitorando. Com o consentimento do paciente, procedemos à coleta de exames complementares, mesmo sem uma suspeita clínica inicial”, explica Laisla Zanetoni. Essa abordagem inovadora permite uma detecção mais rápida e direcionada de potenciais ameaças à saúde.