Segundo o alerta emitido pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), durante o período de julho a agosto, 9 casos foram confirmados e 3 estão em investigação. Em relação a 2014, quando foi instituída a vacina contra HAV, notificações revelam um cenário alarmante.
A maior ocorrência foi constatada entre adultos, de 20 a 29 anos, predominante no sexo masculino. Em comparação aos anos anteriores, os últimos casos notificados na Capital foram 3 em 2018. Desde a instituição da vacina, mantém-se uma série estável com poucas variações de número de notificados. Ao observar a faixa etária, a maior ocorrência estava entre cinco e nove anos, quando há mais exposições aos fatores de riscos. A partir de 2015, tanto na faixa etária quanto no número de caos, há uma elevação entre 20 e 34 anos, ao mesmo tempo, em que há um declínio em relação às outras idades. Em 2024, o cenário muda com os novos casos constatados.
Causada pelo vírus A, a hepatite é transmitida por contato fecal-oral. Alimentação insegura, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal são alguns dos meios de contágio. Os sintomas, que costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de dois meses, quando presentes, variam entre fadiga, mal-estar, febre, dores musculares, vômitos, dor abdominal ou diarreia.
A fim de evitar um surto da doença, a Sesau reforça medidas de prevenção:
– Realizar uma dose de vacina contra Hepatite A para crianças de 15 meses e/ou até 4 anos, 11 meses e 29 dias, disponível nas unidades de saúde do município;
– Higienizar as mãos com água e sabão e álcool gel a 70% antes e depois de preparar alimentos, após usar o banheiro, trocar fraldas, manusear lixo e roupa suja;
– Usar preservativos e higienizar as mãos, genitália, períneo e região anal antes e após relações sexuais.
A vacina está disponível nos Crie (Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais) no esquema de duas doses – com intervalo mínimo de 6 meses – para pessoas acima de 1 ano com as seguintes condições:
Hepatopatias crônicas de qualquer etiologia; portadores crônicos do VHB; coagulopatias; pessoas vivendo com HIV ou aids; trissomias, entre outras condições.
Por Ana Cavalcante
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