Capital é a única do país com tendência de alta sustentada nas internações por SRAG, segundo novo boletim InfoGripe
Campo Grande é, atualmente, a única Capital brasileira com sinal de crescimento sustentado nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo o boletim semanal do InfoGripe, divulgado pela Fiocruz nesta quinta-feira (25). A análise leva em conta os dados da semana epidemiológica 29, que corresponde ao período de 13 a 19 de julho de 2025.
De acordo com o levantamento, Campo Grande apresenta nível de atividade classificado como de alerta, com aumento nos casos nas últimas seis semanas, especialmente entre crianças menores de dois anos e idosos, que são os grupos mais vulneráveis. Os casos de SRAG no município aumentaram em quase todas as faixas etárias, com exceção das crianças de 2 a 4 anos e adultos de 50 a 64 anos.
Em todo o Estado, a incidência de SRAG também permanece em nível considerado de atenção, embora sem tendência de alta no longo prazo. Mato Grosso do Sul integra a lista de 20 unidades da federação com taxa elevada, mas com curva estável. Ainda assim, a situação acende o alerta das autoridades sanitárias locais, principalmente por conta do avanço do vírus sincicial respiratório (VSR), principal agente entre crianças pequenas, e da Influenza A, que concentra a maioria das mortes em idosos.
Apesar de o cenário nacional apontar para queda nos casos de SRAG tanto no curto quanto no longo prazo, a Fiocruz alerta que os indicadores seguem elevados em diversas regiões. De acordo com o boletim, nas últimas quatro semanas, 50,6% dos casos positivos foram causados por VSR, seguidos por rinovírus (26,2%), Influenza A (21,2%), Influenza B (1,5%) e SARS-CoV-2 (2,9%).
No país, já foram notificados mais de 139 mil casos de SRAG em 2025. Entre os óbitos com confirmação laboratorial, a maioria foi provocada por Influenza A (63,2%).
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