Vereadores devem discutir viabilidade de CPI da Energisa

Vereador Vinicius Siqueira (DEM) relator da Comissão Especial, criada nesta semana para investigar possíveis irregularidades no contrato entre a Energisa e o Estado de Mato Grosso do Sul deve apresentar nova discussão sobre a viabilidade da investigação pela Câmara hoje (7).

O parlamentar diz que com a tramitação da CPI da Energisa (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Assembleia, a ideia é discutir se o valor gasto pela Câmara, seria coerente com a situação financeira dos cofres públicos. Apesar de economia ser o ideal, o vereador afirma que a vontade era contribuir com investigações detalhadas sobre estrutura e contrato.

“Eu tenho especialização na área de prevenção a corrupção. Tenho prática em investigações. A gente pode colaborar muito com a CPI da Energisa, porém, estamos em discussão interna sobre os gastos. Estamos verificando se vale a pena ser mantido, ou se deixamos apenas a CPI da Assembleia”.

Além de Siqueira, a Comissão Especial tem como presidente o vereador André Salineiro (PSDB) e Valdir Gomes (PP). A justificativa para extirpar a investigação seria o fato da concessão ser estadual, e já investigada pela Assembleia, teria custo desnecessário.

“Vamos analisar como a população vai receber isso. Se preferirem que a gente mantenha, nós podemos manter. Vamos fazer consulta pelas redes sociais”.

Siqueira citou que consultou valores de auditorias, devido a questão do transporte público de Campo Grande. E exemplificou que a cidade de São José dos Campos-SP gastou R$ 1,8 milhão com auditoria, durante investigação.

“A energia elétrica é algo muito maior, porque envolve o Estado todo e tem questões de estrutura”, diz.

O prazo para análise da Comissão Especial era de 120 dias. O parlamentar assegurou que questões contratuais devem ser apontadas até mais que medidores. Ele teme uma grande fraude estrutural com a instalação de produtos de baixa qualidade.

“Quando a Energisa vem para um Estado, ela traz toda a estrutura como postes, fiações elétricas, subestações. Esses contratos têm cláusulas de equilíbrio econômico financeiro, e com isso, o lucro fica estipulado no documento. Quando a empresa sai do local, a estrutura permanece. Temos que verificar se essa estrutura colocada no Estado é de qualidade inferior a contratada. Além da questão de medidores, pode ser uma fraude estrutural também”, conclui. (Rayani Santa Cruz)

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