Vereadores defendem que, se Azambuja e Riedel se filiarem ao PL, terão que se adequar às pautas da direita

Bancada Bolsonarista cobra fidelidade às pautas conservadoras dos futuros líderes do PL - Foto: Divulgação
Bancada Bolsonarista cobra fidelidade às pautas conservadoras dos futuros líderes do PL - Foto: Divulgação

Bancada na Câmara da Capital não é contra líderes do PSDB assumirem comando do Partido Liberal

 

A possível filiação do ex-governador Reinaldo Azambuja(PSDB) e do atual governador Eduardo Riedel(PSDB) ao Partido Liberal (PL) pode estar mais perto de acontecer do que se imagina. A sigla, que se tornou uma das prioridades da cúpula tucana para as próximas eleições, será tema de uma reunião decisiva marcada para o dia 21 de maio.

Embora a articulação venha sendo tratada como estratégica para consolidar uma frente ampla de centro-direita no estado, vereadores da bancada do PL na capital defendem que qualquer nova adesão precisa respeitar os princípios ideológicos do partido — especialmente os valores conservadores e de direita.

O vereador Rafael Tavares (PL) foi direto ao afirmar que o partido tem lado e pauta definida, e que os novos integrantes devem se enquadrar nesse perfil. “Eu tô no lugar que eu sempre estive, que é do lado da direita e do lado dos conservadores. Quem estiver vindo para o PL tem que se adequar à pauta da direita. O Bolsonaro já foi muito claro nisso”, declarou.

Tavares também comentou sobre seu futuro político, mencionando que colocou seu nome à disposição do partido para disputar o Senado, mas que aceitará o caminho que for definido em grupo. “Eu não tenho projeto pessoal. Eu quero realmente ajudar a direita e ajudar o bloco da direita a se fortalecer”, afirmou.

Outro vereador do PL, André Salineiro, também comentou sobre o possível ingresso dos tucanos ao partido. Embora defenda o fortalecimento da legenda, ele destacou que seguirá a linha definida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, principal liderança da sigla. “O que o partido decidir, o comando do partido, e pela vontade também do nosso presidente Bolsonaro, a gente vai seguir”, disse.

Salineiro ressaltou ainda a força política dos nomes envolvidos. “Reinaldo tem um histórico já no Mato Grosso do Sul… é um nome de peso dentro do Estado. O governador Riedel está fazendo um excelente trabalho e, vindo para o PL, com certeza teremos no partido o próximo governador do Estado”, avaliou.

Já a vereadora Ana Portela (PL) preferiu adotar uma postura mais cautelosa e afirmou que ainda está buscando se informar melhor sobre as tratativas para se posicionar com mais propriedade sobre o assunto.

A reunião marcada para o próximo dia 21 promete ser decisiva. Ao que se sabe, os tucanos estariam dispostos a ingressar no PL apenas se tiverem autonomia total sobre o diretório estadual, o que incluiria o afastamento de aliados diretos de Bolsonaro do comando da sigla em Mato Grosso do Sul. Isso tem gerado tensão entre os quadros mais fiéis ao ex-presidente.

O cenário ainda é incerto, mas o recado é claro: quem quiser entrar no PL, terá que vestir a camisa da direita.

 

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