O mês da mulher se encerra com mais um caso de impunidade de quem deveria dar o exemplo. A Casa de Leis de Fátima do Sul ainda não cassou o mandato do vereador Diego Candido Batista (PSD), mais conhecido como Diego Carcará. O parlamentar foi preso após a esposa denunciá-lo por agressão.

De acordo com o testemunho da vítima, Diego Carcará teria derrubado o filho bebê no chão, agredido a enteada de 12 anos com um chinelo, enquanto ela tentava proteger o bebê, e também teria agredido a esposa com “chineladas”. O caso aconteceu na noite do dia 23 de janeiro deste ano, e segundo o relato da mulher, eles tiveram uma intensa discussão após voltar de viagem, na qual o marido teria consumido bebida alcoólica durante o dia inteiro. Ao chegar em casa, ele supostamente teria derrubado o bebê, o que gerou uma intensa briga entre o casal.

Após a denuncia, Carcará teve prisão preventiva e foi levado para a Penitenciária Estadual de Dourados, porém, segundo a DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Fátima do Sul, a investigação já foi concluída, e o vereador irá responder pelos pelos crimes de lesão corporal dolosa e violência doméstica.

No dia 31 de janeiro, a Câmara de Vereadores fatimassulense de forma unânime, tomou a decisão que o parlamentar sofreria apenas uma suspensão de 30 dias, e não seria afastado de suas funções. A suspensão foi dada por infração ao Código de Ética e por falta de decoro, e o deixou sem remuneração enquanto durou.

Os vereadores Silvana Vasconcelos (MDB) e Nilsinho Construtor (MDB) enviaram requerimento de cassação do vereador, que foi deferido no início deste mês da mulher, e a apreciação sobre a pauta era esperada para o último dia 15, ou seja, treze dias atrás. Porém, a Casa de Leis de Fátima do Sul segue calada, e o presidente Ermeson Cleber Mendes (PDT) informou que o requerimento seria analisado pelos parlamentares, e em seguida encaminhado à comissão de legislação.

O vereador Diego Carcará segue normalmente com as atividades da Câmara.