Segundo o parlamentar, o partido não tem resistência ideológica desde que o acordo seja equilibrado para ambos
O vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão, presidente municipal do PSB em Campo Grande, tem se mostrado atento aos rumos que o partido pode tomar nas eleições de 2026, especialmente no que diz respeito à possibilidade de coligação com o PT. Durante recente entrevista, o vereador foi questionado sobre o cenário que se desenha para as eleições estaduais, especialmente após o PT anunciar sua intenção de lançar candidatos ao governo e ao Senado em Mato Grosso do Sul.
De acordo com Carlão, o PSB não tem resistências ideológicas para se aliar ao PT, desde que o acordo seja equilibrado e benéfico para ambas as partes. “Se conversar, o PSB pode se coligar com o PT aqui também”, afirmou o vereador, destacando que o maior desafio está em garantir que o PSB tenha a chance de apresentar seus próprios candidatos e, ao mesmo tempo, ser respeitado na aliança. Ele afirmou que, se o partido for apenas utilizado para preencher tempo de TV ou ser um “comodato” político, o acordo não será viável.
A principal preocupação do PSB atualmente é conseguir a liberdade para apoiar a reeleição do governador Eduardo Riedel (PP), algo que o partido no Estado considera essencial. O presidente estadual da sigla no Estado, deputado Paulo Duarte, também já manifestou que deve apoiar o atual governador, e caso a nacional não libere, ele deverá sair do partido.
Em relação à estratégia nacional da legenda, Carlão explicou que a sigla deve se reunir em breve para definir sua postura em relação às eleições de 2026, e essa decisão influenciará diretamente as alianças nos estados. “O João Campos, presidente nacional do PSB, tem mostrado ser mais flexível, mais aberto para negociações e isso é bom para o PSB de Mato Grosso do Sul. Se nos liberarem para apoiar o governador Eduardo Riedel, vamos apoiar sem problemas”, declarou.
O vereador ainda destacou que, além da questão da reeleição de Riedel, o PSB de Mato Grosso do Sul está avaliando outras alternativas para garantir que tenha voz nas eleições de 2026. “Se a Nacional do PSB nos der liberdade, vamos fazer uma chapa forte, com candidatos que realmente tenham condições de representar o Estado no Congresso e no Executivo”, concluiu Carlão.
Por Brunna Paula
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