Na tarde desta Quarta-Feira (18) o Sindicato Médico do Uruguai (SMU) lançou um documento em que pede ao governo que declare quarentena geral e outras medidas drásticas de prevenção urgente. O secretário da Presidência, Álvaro Delgado, afirmou que todas as propostas estão “na mesa” e serão discutidas.
O primeiro caso diagnosticado do novo coronavírus (Covid-19) no Uruguai foi confirmado na sexta-feira (13). Hoje (18), apenas cinco dias depois, já são 50. Se considerado o número de infectados em relação à população, o Uruguai está entre os países com mais casos per capita da América Latina, já que tem uma população de apenas 3,5 milhões de habitantes.
Entre as medidas solicitadas pelo Sindicato Médico do Uruguai, o fechamento das fronteiras, por exemplo, já foi realizado. Mas o SMU pede ainda o fechamento de shoppings, centros comerciais e restaurantes.
Além disso, exige mais testes diagnósticos, com ampla disponibilidade e acessibilidade aos exames, inclusive para os médicos e pessoal da saúde, para preservar recursos humanos. Outra exigência é de que essas pessoas não façam atendimentos sem estarem nos padrões de proteção pessoal e biossegurança. E que os locais de saúde que não possuem os elementos de biossegurança sejam fechados ao atendimento presencial, se mantendo apenas o atendimento telefônico e por vídeo.
Solicitam também a redistribuição de profissionais de atenção médica e a criação de um centro de assistência audiovisual e telefônica para atendimento dos casos suspeitos, além da redistribuição dos recursos materiais e humanos, transferindo os médicos idosos para os serviços de atendimento por telefone.
No Uruguai, os planos de saúde possuem uma característica diferente do Brasil. A maioria oferece atendimento telefônico 24 horas, todos os dias do ano. Isso significa que você pode telefonar e conversar com um médico para avaliar a necessidade de uma visita em domicílio.
Caso as dúvidas sejam resolvidas por telefone, não há necessidade de deslocamento de médicos. Mas caso haja necessidade, uma equipe composta por um médico e um enfermeiro vai até a casa do paciente para fazer um exame presencial.
O problema é que nos últimos dias a demanda por esse tipo de serviço se multiplicou a ponto de os médicos não estarem conseguindo atender a todos os chamados.
Nas redes sociais do país circulam várias mensagens de médicos e enfermeiros solicitando que as pessoas mantenham a calma e solicitem os serviços apenas em caso de evidências claras de infecção pelo novo coronavírus, para tentar desafogar o serviço e realizar o atendimento àqueles que realmente precisam.
(Texto:Ana Beatriz com informações da Agência Brasil)