Tucanos e petistas de MS se unem em votações e mostram afinidade

Fotos: Reprodução
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Tucanos e petistas da bancada federal de Mato Grosso do Sul uniram forças esta semana, ao ajudar a aprovar a PEC 45/19, da reforma tributária, durante votação na Câmara dos  Deputados. Essa esperada aliança entre os três parlamentares do PSDB (Dagoberto Nogueira, Beto Pereira e Geraldo Resende) e os dois do PT (Vander Loubet e Camila Jara) reflete a possibilidade de novo panorama político no Estado e, de certa forma, pode sinalizar uma futura aliança, visando às eleições municipais de 2024.

A aprovação conjunta da PEC 45/19 revela que tanto o PSDB quanto o PT estão dispostos a trabalhar em acordo, em determinadas pautas. Embora as duas legendas tenham ideologias e históricos diferentes, parece que, quando se trata de simplificar o sistema tributário do país, as divergências partidárias são deixadas de lado, em favor do bem comum.

Sobre o assunto, o deputado Dagoberto Nogueira comentou que a decisão da bancada do PSDB, em votar junto com a base do governo Lula, se deve a questões importantes para o país, principalmente a necessidade de simplificar o sistema de impostos. Nogueira ressalta que esse gesto pode, sim, ser considerado, no futuro, um aceno para o PT, mas destaca que, na verdade, estão contribuindo muito mais com o país do que= com o próprio governo. “[Isso] nos credencia a, lá na frente, conversar com o PT, mas, na verdade, a gente está contribuindo muito mais com o país do que com o governo.

Vander Loubet (PT).

 

É importante ressaltar que o PT ganhou espaço em cargos após a posse do governador Eduardo Riedel, uma vez que o partido contribuiu ativamente para a campanha eleitoral no segundo turno de 2022. Agora, na bancada federal, os deputados tanto do ninho tucano quanto da base governista têm demonstrado maior unidade nas votações. Olhando para o futuro, é possível identificar movimentos políticos que podem indicar uma aproximação ainda maior entre PSDB e PT. O PSDB já tem como pré-candidato à Prefeitura de Campo Grande o deputado Beto Pereira, enquanto o PT conta com dois nomes em potencial: o deputado estadual Zeca do PT e a advogada Giselle Marques. 

No entanto, considerando a conjuntura atual, é provável que as legendas formem parcerias em articulações políticas, visando à campanha eleitoral do próximo ano e, até mesmo, pensando em cenários futuros, como o de 2026.

O coordenador da bancada, deputado Vander Loubet, afirma que o PT deve ocupar espaços políticos maiores no ano que vem. Tanto que, em Campo Grande, ele acredita que a sigla faça entre 5 a 6 vereadores. O parlamentar vem defendendo uma parceria com o governador Eduardo Riedel (PSDB), desde sua eleição. Ele chegou a amenizar os ânimos quando houve certo atrito dentro do PT-MS, por questões de cargos no governo. Posteriormente, defendeu diálogos e que o PT abrisse as portas para futuras parcerias importantes. Sobre alianças futuras partindo da votação conjunta em pautas do governo, o parlamentar não conseguiu dar retorno até o fechamento da edição.

Geraldo Rezende (PSDB). Fotos: Reprodução

Dourados

Além disso, essa aliança entre PSDB e PT pode encontrar terreno fértil em cidades do interior, como Dourados, onde há interesses por parte do deputado federal Geraldo Resende, do PSDB, e do professor Tiago Botelho, do PT, em disputar a prefeitura. Ambos os candidatos já afirmaram a intenção de dialogar com diversas frentes progressistas, buscando formar um grupo de consenso para enfrentar o atual prefeito, Alan Guedes (PP), que tentará a reeleição.

A união momentânea entre tucanos e petistas, no contexto da reforma tributária, representa um marco significativo na política local.

 

[Rayani Santa Cruz– O ESTADO DE MS]
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