TSE cancela envio de representantes para acompanhar eleições na Venezuela após declarações de Maduro

Foto: reprodução/Ricardo Stuckert/Planalto e TRE Paraná
Foto: reprodução/Ricardo Stuckert/Planalto e TRE Paraná

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou na quarta-feira (24) que não enviará dois representantes para acompanhar as eleições presidenciais na Venezuela, que ocorrerão no próximo domingo (28). A decisão foi tomada após declarações controversas do presidente venezuelano Nicolás Maduro, candidato à reeleição, que afirmou que as eleições no Brasil não são auditadas.

Durante um comício na terça-feira (23), Maduro declarou que a Venezuela possui “a melhor auditoria do mundo” e que “nenhum boletim de urna é auditado no Brasil”. Em resposta, o TSE reafirmou que as urnas eletrônicas brasileiras são auditáveis e seguras, classificando as falas de Maduro como falsas.

“Em face de falsas declarações contra as urnas eletrônicas brasileiras, que, ao contrário do que afirmado por autoridades venezuelanas, são auditáveis e seguras, o Tribunal Superior Eleitoral não enviará técnicos para atender convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral daquele país para acompanhar o pleito do próximo domingo”, afirmou o TSE em nota.

O TSE acrescentou que a Justiça Eleitoral brasileira não admite que “interna ou externamente, por declarações ou atos desrespeitosos à lisura do processo eleitoral brasileiro, se desqualifiquem com mentiras a seriedade e a integridade das eleições e das urnas eletrônicas no Brasil”.

Inicialmente, o TSE havia designado dois especialistas em sistemas eleitorais para a missão, atendendo ao convite do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela para acompanhar a realização da votação. A prática de enviar representantes para acompanhar eleições em países estrangeiros é comum para o TSE, que também recebe delegações internacionais durante as eleições municipais e presidenciais no Brasil.

No pleito venezuelano, além de Maduro, outros nove candidatos estão registrados. Entretanto, há denúncias de prisões contra opositores às vésperas da votação, cerceamento da liberdade da população, restrições aos meios de comunicação e limitações impostas a observadores internacionais.

 

Com informações da Agência Brasil.

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