Com a realização de um seminário a Câmara Municipal de Campo Grande começou a discutor, nesta segunda-feira (10), o projeto de lei que dispõe sobre o tombamento do complexo de bens imóveis integrado pelo Parque Estadual do Prosa, Parque das Nações Indígenas e Parque dos Poderes. Segundo a autora da proposta, vereadora Luiza Ribeiro, o objetivo é proteger todo o complexo e seus recursos ambientais, preservando sua atmosfera, suas águas superficiais e subterrâneas, seu solo e subsolo, e suas espécies da fauna e flora, cuidando da manutenção da qualidade de vida e do patrimônio cultural e paisagístico de Campo Grande.
O projeto surgiu após debate com ambientalistas, pesquisadores, juristas e representantes de movimentos como o SOS Parque dos Poderes e Amigos do Parque dos Poderes, que já atuam desde o ano de 2019 em várias frentes de defesa do Parque dos Poderes, Parque do Prosa e Parque das Nações Indígenas, inclusive reivindicando dos poderes públicos que cessem com o desmatamento do Parque dos Poderes, viabilizem obras de proteção das nascentes existentes nesses locais e impeçam que novas obras sejam construídas.
“A manutenção de áreas permeáveis com mata nativa na parte alta da cidade, para retenção de águas pluviais, é imprescindível no sentido de evitar o agravamento dos transtornos causados por alagamentos e enchentes. Sabemos que não é só esse instrumento capaz. Há muita construção para frente, quando se pensa na proteção. Há uma história na cidade a respeito da proteção. Estamos no meio do caminho ajudando a cidade a alcançar seu objetivo”, disse.
O projeto de lei prevê que as edificações já existentes também ficarão protegidas pelo tombamento, mas poderão ser reformadas, revitalizadas ou restauradas desde que mantenham a originalidade arquitetônica. Já o seminário, reuniu especialistas, representantes do poder público e de entidades de classe, foram apresentados pontos sobre a importância do tombamento para a preservação do complexo, incluindo dados sobre as espécies de flora e fauna presentes na área e o impacto ambiental, cultural e histórico para a cidade.
“Depois da ocupação, o assoreamento do lago do Parque das Nações Indígenas é constante. Dá para notar, de cara, que há na verdade um desequilíbrio ambiental grave e que não estamos conseguindo controlar. Precisamos de um direcionamento para gerar uma boa ocupação de espaços em Campo Grande”, disse o vereador Prof. André Luís.
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Empresários contra tombamento do Parque das Nações Indígenas, Parque dos Poderes
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