O deputado federal Loester Carlos Gomes de Souza, mais conhecido como “Tio Trutis” (PSL), foi preso em flagrante na manhã de ontem (12) em sua casa, na Vila Carlota, durante operação deflagrada pela Polícia Federal, a mando do STF (Supremo Tribunal Federal).
Trutis foi flagrado com arma de fogo sem registro na sua residência, um dos dez locais alvos de mandados de busca e apreensão (nove na Capital e um no Distrito Federal) na ação. A operação contou com 50 agentes e tinha como objetivo investigar o suposto atentado sofrido pelo parlamentar em 16 de fevereiro, na BR-060, seguindo de Campo Grande para Sidrolândia, onde participaria de uma reunião de seu partido.
Segundo o jornal O Estado apurou, os mandados foram expedidos pela ministra Rosa Weber no dia 3 e Trutis é investigado por três crimes: porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, disparo de arma de fogo e falsa comunicação de crime.
A PF de Mato Grosso do Sul emitiu apenas um curto comunicado sobre o caso, sem mais revelações. Não foram informados, por exemplo, o calibre e modelo da arma encontrada e, a princípio, o deputado seria liberado do prédio após pagamento de fiança. Porém, no fim da tarde, o parlamentar antes de ser transferido para o Presídio Militar, que fica no Jardim Noroeste, conseguiu alvará de soltura.
O processo corre em sigilo no Supremo, mas parte do despacho de Rosa Weber para a operação (chamada de “Tracker”) se tornou pública por opositores de Trutis no decorrer da manhã. No trecho, pode-se ler que a ministra pediu para se procurar “particularmente armas, munições e petrechos”.
(Texto: Rafael Ribeiro)
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