Ministra destacou que os dois casos registrados no país são atípicos
Em evento de lançamento do programa Agro Fraterno, realizado nesse sábado (4), em Campo Grande, a ministra Tereza Cristina afirmou que o caso de vaca louca ocorrido em Minas Gerais é pontual. A chefe da pasta de Agricultura, Agropecurária e Abastecimento disse que não há motivos para preocupação, pois até mesmo a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) descartou riscos decorrentes da doença.
Segundo Cristina, seu ministério já encaminhou protocolo sobre a situação e os casos registrados foram isolados. “Ontem nós tivemos o resultado do laboratório de Alberta, no Canadá, de que o registro de vaca louca é um caso atípico. A própria OIE diz que os casos atípicos não são considerados como risco. Com isso, eu quero só tranquilizar a população e dizer que não há problemas para a saúde pública”, esclareceu.
Para o titular da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, os frigoríficos devem voltar a suas atividades em uma semana. “Não há nenhuma motivação para que ocorra a paralisação dos frigoríficos. Talvez, a China seja o mercado mais sensível em relação a isso, por exemplo. Mas eu acredito que em uma semana a gente normalize esse processo.”
Dois casos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como “vaca louca”, foram registrados nos municípios de Nova Canaã do Norte (MT) e de Belo Horizonte (MG). Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), somente cinco casos de EEB atípica foram pontuados no Brasil em 23 anos de vigilância para a doença. O Mapa também informou que o país nunca teve registros de EEB clássica.
Ainda de acordo com o órgão, o fato foi constatado durante a inspeção ante- -mortem. Tratava-se de vacas de descarte que apresentavam idade avançada e que estavam em decúbito nos currais. “Esses casos não acontecem só no Brasil. E quando esse caso é achado é porque a gente está verificando, senão não encontrava”, defendeu Tereza Cristina.
Em nota divulgada pela Secretaria de Defesa do Mapa, a administração esclarece que o Brasil notificou a OIE sobre os casos, de acordo com as diretrizes das normas internacionais. Ainda estão suspensas temporariamente as exportações de carne bovina para a China, conforme prevê o protocolo sanitário firmado entre os dois países.
A classificação sanitária para o Brasil está em risco insignificante para a doença, de acordo com a determinação da organização internacional. Para a pasta federal, esse status afasta os eventuais impactos que poderiam ocorrer no comércio de animais, em seus produtos e subprodutos. Acesse também: Movimento Agro Fraterno garante alimento para famílias carentes do Estado
Felipe Ribeiro e Rosana Siqueira
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