Cowboy dedica medalha às vítimas da pandemia

Reprodução/Twitter
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Paratleta sul-mato-grossense conquista ouro inédito na canoagem com direito a recorde paralímpico

O Brasil conquistou mais uma i n é d i t a medalha de ouro durante a sua participação nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Desta vez foi na canoagem, com o sul-mato-grossensse Fernando Rufino, 36 anos, que venceu a disputa dos 200m VL2 (na canoa), na madrugada de sábado (4). O paratleta liderou a final de ponta a ponta e fez o melhor tempo da história da prova, com 53s077. A disputa foi nas raias do Sea Forest Waterway, na capital japonesa.

Antes, o país já havia conquistado um bronze na modalidade, com o atleta Caio Ribeiro, que ficou em terceiro lugar na Rio 2016, quando a canoagem entrou pela primeira vez no programa dos Jogos Paralímpicos.

Na mesma final de Rufino, Luis Carlos Cardoso, que na noite da quinta-feira (3) havia conquistado a prata nos 200m individual KL1 (caiaque), terminou a disputa na sétima colocação, com o tempo de 56s390.

“Este ouro dedico ao ano difícil de pandemia que as pessoas tiveram. Dedico a todos que perderam pessoas queridas, eu perdi gente que amava. Este ouro é uma forma de alegrar o povo. O brasileiro é um povo lutador e vibrou comigo”, disse Rufino na zona mista. Enquanto dava entrevista, o medalhista ouvia música sertaneja.

Conhecido popularmente como “peão”, o atleta chegou à final após terminar em primeiro nas eliminatórias com o tempo de 55s258. “A vida de peão está no meu sangue. Sou um sertanejo paralímpico”, brincou. Esta é a primeira vez que o atleta da cidade de Itaquiraí, a 405 km de Campo Grande, participa de uma edição paralímpica. Nos Jogos da Rio 2016, o atleta foi cortado por problemas cardíacos.

Fernando sempre teve o sonho de conquistar o mundo montado em cima de um touro. No entanto, após ser atropelado por um ônibus e perder parcialmente o movimento das pernas, o sul-matogrossense começou na canoagem.

Antes do pódio em Tóquio, ele teve como principais conquistas: ouro no caiaque e na canoa no Campeonato Pan- -Americano 2018 em Dartmonth (Canadá); bronze no caiaque e prata na canoa no Mundial em Mantemor-o-Velho 2018 (Portugal); ouro no Sul- -Americano de Canoagem, em Paipa 2017 (Colômbia); bronze no caiaque no Mundial de Milão (Itália) 2015.

Paranaense é prata no VL3

A segunda medalha da canoagem do dia foi a prata do atleta Giovane Vieira, de 23 anos, na prova dos 200m VL3 masculino, com o tempo de 52s148. O ouro ficou para o australiano Curtis McGrath com 50s537, e completou o pódio Stuart Wood, da Grã-Bretanha, com 52s760. Também participou da prova o canoísta Caio Ribeiro, que terminou a prova na sétima colocação, com o tempo de 53s246.

No feminino, Mari Santilli disputou a final do 200m KL3 pela primeira vez, e terminou na oitava colocação com o tempo de 54s093. Nos Jogos do Rio, havia ficado em décimo lugar. Adriana Azevedo, nos 200n KL1, fez o tempo de 1min05s564 e ficou fora da final. (Com CPB).

Gustavo Cunha, Rede do Esporte

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