O ex-presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães será investigado por suspeitas de ter utilizado empresas prestadoras de serviço para uso particular em sua mansão alugada em Brasília.
O pedido veio do subprocurador-geral do Ministério Público no TCU (Tribunal de Contas da União), Lucas Furtado, que entrou com representação para que a corte investigue as obras feitas na mansão, após notícia publicada pela Folha de S.Paulo.
Guimarães teve na última semana o seu nome ligado a suspeita de ter assediado funcionárias do banco e agora também responderá por uma nova investigação.
Segundo o procurador do TCU, o caso deve ser examinado pelo controle externo do tribunal para que se averigue se a obra possuía razões legítimas para existir atendendo ao interesse público “ou se serviu para atender -às escusas da lei- interesse personalíssimo e privado”.
O advogado de Guimarães, o criminalista José Luis Oliveira Lima, confirmou a realização das melhorias e disse que elas foram autorizadas pelo setor de segurança após supostas ameaças recebidas pelo ex-presidente do banco. A Caixa afirma que as obras estão relacionadas à segurança do então presidente e são previstas em normas internas.
Lucas Furtado, porém, adiantou que o princípio da moralidade, independentemente de eventuais autorizações legais quanto às despesas em questão, já deveria bastar para conter ações como esta.