O TCU (Tribunal de Contas da União) aprovou ontem (1º) a concessão dos aeroportos de Campo Grande, Corumbá, Ponta Porã e mais 12 terminais aeroportuários do país para que o governo federal realize os leilões. A pretensão é a de conseguir realizar o certame ainda neste ano, porém as eleições presidenciais, que vão ocorrer em outubro, podem atrapalhar as decisões.
O Ministério da Infraestrutura informou em nota que deve publicar, ainda neste mês, o edital da licitação para tentar realizar a ação no segundo semestre do ano. Segundo os dados da Infraero, em Campo Grande 415.258 pessoas passaram pelo aeroporto internacional, de janeiro a abril. Já Ponta Porã registrou a passagem de 10.209 e Corumbá 11.827 pessoas.
Além desses três aeroportos de Mato Grosso do Sul, entram na lista de terminais: Congonhas e Campo de Marte, de São Paulo, Belém, Santarém, Marabá, Parauapebas e Altamira, do Pará, Jacarepaguá, do Rio de Janeiro, Montes Carlos, Uberlândia e Uberaba (Minas Gerais) e Macapá do Amapá.
Os estudos de viabilidade das privatizações, feitas em 2019, mostram que, nos 15 aeroportos que serão leiloados, o investimento chega a ser de R$ 7,3 milhões. A aprovação do sétimo lote de concessões aeroportuárias aconteceu em 2021, pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Conforme noticiado anteriormente pelo jornal O Estado, o prefeito Marcelo Iunes, de Corumbá, e o Hélio Peluffo, de Ponta Porã, simpatizam com o parecer da privatização. Marcelo explicou na ocasião que a privatização, no seu ponto de vista, pode gerar empregos, e Hélio defendeu que com a privatização a cidade ganha.
Não foi diferente a opinião do diretor-presidente da FundTur (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul), Bruno Wendling, e do deputado federal Carlos Marun, de Campo Grande; eles ressaltaram importante ter o setor privado, não só para melhorar a estrutura e a qualidade do atendimento, mas também para conectar a Capital com os principais aeroportos do Brasil, uma vez que o aeroporto é a principal entrada de Mato Grosso do Sul.
Após a licitação, o Brasil deve atingir neste ano a marca de 49 terminais aéreos concedidos à iniciativa privada. Para 2023, está prevista a concessão do Santos Dumont.
Texto: Barbara F. Bejarano – Jornal O Estado MS.
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