Convenção do PSB está marcada para acontecer dia 23 de julho
Por Rayani Santa Cruz – Jornal O Estado MS
Enquanto o presidente estadual do PSB, Ricardo Ayache, não crava alianças partidárias em Mato Grosso do Sul, o presidente municipal do partido em Campo Grande, vereador Carlos Augusto Borges (PSB), diz que a decisão será coletiva e que a convenção partidária, marcada para dia 23 de julho, vai findar o mistério acerca das parcerias.O PSB foi procurado por partidos como o PSD, PSDB, MDB e PT.
Ele ainda salientou que a ordem final será tomada pelo presidente Ricardo Ayache e em votação na convenção.
Durante entrevista à imprensa, Carlão deu a entender que a previsibilidade de o PSB apoiar o PSDB, do pré-candidato Eduardo Riedel, pode ser quebrada diante de uma ordem da nacional, por exemplo, já que o PSB indicou Geraldo Alckmin como candidato a vice de Luiz Inácio Lula da Silva.
Numa reviravolta dessa magnitude, o PSB praticamente se colocaria em posição de apoio a Giselle Marques, pré-candidata a governadora pelo PT. “Temos uma nacional que pode interferir aqui. Temos de lembrar que a executiva indicou como vice do Lula, o Geraldo Alckimin que é do PSB. Então, se a gente tiver uma intervenção nacional, onde vamos ser obrigados a apoiar o PT aqui, ou qualquer outra coisa, teremos de reavaliar. Aí teremos de reunir o grupo para decidir, porque eu não tomo decisão sem ouvir o meu grupo. Estou no quarto mandato e sempre tomo decisão coletiva.”
Os rumos
Desde o início do ano eleitoral, o PSB provocou alterações no quadro político da majoritária em MS. A primeira delas foi quando Ayache se recusou a ser candidato a vice-governador de Marquinhos Trad (PSD), mesmo após ser anunciado por ele. Desde o episódio, as legendas seguiram firmes a cartilha de “não dizer” quem será o vice, para não se precipitar.
Nesse quadro, Carlão se viu obrigado a permanecer com apoio pessoal a Trad, já que “quem manda no partido” é Ayache.
“Eu estou ajudando o Maquinhos Trad desde o início da pré-campanha dele. Se o partido na convenção aprovar que vai apoiar o PT, ou o Riedel, ou o André [Puccinelli], vamos fazer a discussão. Tudo isso, vai ser discutido na convenção.”
Outra questão é que a prevista aliança com o ninho tucano, e que até o momento não foi confirmada por Ayache, no entanto chegou a ser citada por lideranças do PSDB como parceria certa.
O fato é que, nos próximos dias, o PSB deve avançar nas negociações e bater o martelo sobre o caminho nas eleições deste ano, já que não lança candidato a governo e tende a não lançar ao Senado.
Posição anterior
Anteriormente, Ricardo Ayache evitou projetar regionalmente a aliança do nacional do partido. De forma sucinta e rápida, Ayache afirmou ao jornal O Estado que a composição nacional “não influencia” nas decisões do diretório estadual: “são decisões distintas”.
Como os diretórios estaduais não são obrigados a seguirem a composição da nacional, Ayache não comenta sobre hipóteses ou probabilidade de compor aliança com o PT-MS, e aparentemente não há empolgação nisso. Durante entrevista no programa “Papo Reto”, do TopMídiaNews, comentou sobre a aproximação da legenda com o PSDB, do pré-candidato a governo do Estado Eduardo Riedel. “Isso é algo que nós não podemos negar. Existe uma grande aproximação e obviamente depende da decisão partidária e também das decisões nacionais.”
Ricardo Ayache não respondeu às mensagens até o fechamento do texto para saber se houve algum avanço nas negociações.
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