O anúncio feito pelo presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, de que o Capitão Contar disputará uma das vagas ao Senado pelo partido em 2026 movimentou o cenário político de Mato Grosso do Sul. O retorno de Contar à legenda foi comemorado por integrantes da bancada estadual, que veem na decisão um sinal de fortalecimento do partido no Estado.
Para o deputado João Henrique Catan (PL), o movimento representa uma vitória interna da ala que defendia a candidatura do ex-deputado e ex-candidato ao governo. “Começo a ficar feliz de estar sendo ouvido dentro do meu partido, porque nacionalmente eu fiz essa defesa, que a gente tivesse o nome do Capitão Contar. O partido começa a mostrar que está ouvindo a base, reforçando o time e trazendo um nome importante para esse processo”, afirmou.
O deputado também defendeu que a sigla mantenha candidaturas próprias nas próximas eleições, inclusive ao governo do Estado. “Falta agora o partido entender o que as bases mais querem, que é uma candidatura própria ao governo”, declarou.
Ele também destacou que, apesar das movimentações em torno de pré-candidatos ao Senado, a verdadeira prioridade deve ser a construção de uma candidatura própria ao governo, algo que tem ganhado força com o tempo, especialmente nas pesquisas. “As bases em Mato Grosso do Sul estão claramente se posicionando”.
Já deputado Coronel David (PL) afirmou que o retorno de Renan Contar ao PL não o surpreendeu, já que as conversas sobre essa movimentação vinham ocorrendo há algum tempo. Segundo ele, o ex-governador Reinaldo Azambuja chegou a tratar do assunto pessoalmente com o presidente nacional da legenda, Valdemar da Costa Neto, e com o senador Rogério Marinho, em Brasília.
Apesar de dar boas-vindas ao novo filiado, Coronel David ressaltou que a escolha do candidato do PL ao Senado seguirá critérios claros e previamente definidos. “Temos nomes importantes interessados, o Reinaldo, o Contar e o deputado feral Pollon, mas o partido já estabeleceu as regras. Aquele que estiver melhor posicionado nas pesquisas terá a preferência para ser o candidato”, afirmou. Ele observou que o processo será conduzido de forma transparente e em consonância com as diretrizes do presidente Jair Bolsonaro, de Valdemar e de Rogério Marinho.
Sobre a possibilidade de divisão interna com a chegada de Contar, o deputado foi enfático ao negar qualquer risco de enfraquecimento do grupo. “Pelo contrário, acredito que o Reinaldo sairá ainda mais forte desse processo. Ele é o grande favorito a conquistar uma das vagas”, declarou.
Nelsinho e Gerson
A confirmação da pré-candidatura de Contar, somada ao apoio do PL ao ex-governador Reinaldo Azambuja (PL), que também deve disputar uma das vagas, acendeu discussões sobre a configuração das alianças no Estado, especialmente entre os partidos da base governista.
O senador Nelsinho Trad (PSD), que pode tentar a reeleição, minimizou os efeitos imediatos da movimentação do PL e afirmou que ainda há tempo para definições.
“Creio que teremos muita água para rolar ainda debaixo dessa ponte no âmbito político. A definição das candidaturas no plano nacional será imprescindível e decisiva para essas composições locais em todo o Brasil”, declarou o senador. Nelsinho destacou que, por enquanto, o foco permanece em seu mandato.
Já o presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP), que também colocou seu nome à disposição para uma eventual candidatura ao Senado, reforçou que o processo dentro da federação, PP–União Brasil, ainda está em construção e que a definição deve passar pelas principais lideranças do grupo, entre elas a senadora Tereza Cristina, o governador Eduardo Riedele o ex-governador Reinaldo Azambuja.
“Coloquei meu nome à disposição e tenho trabalhado nessa direção. Entendo que essa vaga do Senado precisa ser ocupada por alguém preparado. Mas também acredito que as maiores lideranças políticas do Estado, em sintonia, poderão definir quem serão os atores do nosso grupo que vão disputar essa vaga”.
Gerson defendeu ainda que o debate eleitoral se mantenha aberto e democrático. “Acho que o Capitão Contar é uma pessoa preparada e pode disputar a vaga, assim como outras pessoas. É bom para a sociedade quando esse exercício democrático se apresenta dessa forma e a população tem a possibilidade de escolher o que for melhor”, concluiu.
Por Brunna Paula
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