Restauração de pontos culturais em CG custa cerca de 3 MI

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Foram necessárias três décadas para o Teatro Municipal do Paço, José Octávio Guizzo, finalmente dar a esperança de reabertura para a classe artística de Campo Grande e toda a população. O prédio público será reformado. São 700 mil reais vindos em 2018 através de repasse da emenda parlamentar do então deputado federal e ex-ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta. No ano seguinte a Caixa Econômica Federal liberou os recursos, cuja licitação foi aberta em 2020. Com a empresa vencedora, a Prefeitura por meio da Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo) pretende entregar a reforma pronta ainda no segundo semestre deste ano.

De acordo com a secretária-adjunta da pasta da Sectur, Clarice Benites, a empresa vencedora da licitação está tomando conhecimento das obras necessárias para o quanto antes dar início aos trabalhos. “Nos próximos meses começam as obras no Paço que incluem hidráulica, elétrica, troca dos assentos, iluminação própria, sonorização e coxia. O local é pequeno com capacidade para 150 pessoas. Vamos reformar os sanitários e garantir a acessibilidade no espaço para entregar estar obrar para toda população e classe artística da cidade”, explicou.

Ao todo serão licitados cinco espaços culturais, mas as licitações dos outros quatro: Parque Florestal Antonio de Albuquerque (Horto Florestal), Museu José Antonio Pereira, Praça dos Imigrantes e Biblioteca Municipal, ainda não foram abertas. Mas, a previsão, conforme a adjunta, é que tudo seja aberto ainda este semestre. Ao todo, o gasto esperado gira em torno de 3 milhões de reais, porém o levantamento das despesas específicas para cada reforma ainda precisa ser calculado.

Editais

“Pretendemos neste primeiro semestre já dar andamento para os outros quatro editais e licitações para obras necessárias em cada espaço. Como, por exemplo, no Horto que, além da biblioteca, terá reformas na pista de caminhada, reparos do piso do teatro de arena e sanitários. É uma obra bem maior. Aos poucos vamos tentar deixá-lo em condições perfeitas de uso”, detalhou Clarice. Na Biblioteca será trocado telhado, inclusão de acessibilidade no local, além de reparos com as infiltrações, reforma do banheiro e pintura.

No museu as obras serão executadas no que é tombado como patrimônio cultural: a casa, a parte do monjolo e do carro de boi. “Já os anexos não fazem parte do bem tombado e por enquanto não será mexido”, contou a secretária. Já na Praça do Imigrante, o cenário fica mais voltado para facilitar a vida dos artesões. “Será feita a reforma em todo piso, colocaremos telhado novo e vamos aumentá-lo. Vamos fazer um sanitário para os artesãos, que até então usavam o da lanchonete, todas as salas receberão pintura nova, toldo, piso e o palco também será reformado. Os artistas poderão oferecer oficinas e também vão acontecer oficinas de dança”, destaca Clarice.

Teatro do Paço

Há três anos, o prefeito Marquinhos Trad tornou público o projeto de reforma do Teatro Municipal José Octávio Guizzo, conhecido como Teatro Municipal do Paço. Ele falou da origem do investimento originário do repasse de emenda parlamentar de Mandetta, no valor de R$ 700 mil. Apesar de reformado algumas vezes de maneira pontual, sua função original foi esquecida. Agora a classe artística vê a possibilidade do espaço ser reativado em 2021.

A secretária da Sectur na época era Nilde Brun que coordenou o projeto de reforma do teatro e foi o retrato do entusiasmo do retorno do espaço. O responsável pela construção do então Anfiteatro foi o arquiteto Cyríaco Maymone Filho, em 1971, durante a gestão do prefeito da ocasião, Antônio Mendes Canale. Nostálgico por ser cena de grandes espetáculos, sua localização foi muito bem pensado por ser ao lado da Prefeitura e na avenida Afonso Pena, a principal via de Campo Grande.

Anos 1990

Mas, foi somente a partir de 1990, após reforma, que passou a ter teatro no nome. O artista homenageado no espaço . José Octávio Guizzo nasceu em 1938 e faleceu no dia 20 de novembro de 1989. O descendente de italianos era músico, radialista e jurista. Atuou no cinema, no folclore, na literatura e na música. Foi membro do Conselho Estadual de Cultura e presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.

No dia de sua morte, apresentou uma palestra aos alunos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), sobre sua pesquisa de 17 anos sobre a atriz Glauce Rocha. Logo depois morreu de infarto fulminante. Sete anos depois sua esposa, Marta Guizzo, publicou seu livro “Glauce Rocha – Atriz, Mulher, Guerreira”.

Já se apresentaram no local músicos como Carlos Colman, Guilherme Rondon, Tavinho Moura, Almir Sater e os Espíndolas: Almir, Geraldo, Celito, Alzira e Tetê, além do Grupo Terra, por exempl

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