PT vive conflito de gerações na definição de candidatura à prefeitura de Campo Grande

Foto: Marcos Maluf
Foto: Marcos Maluf

Os dois principais nomes da nova geração do Partido dos Trabalhadores entraram em choque com os dois políticos mais importantes da história petista em Mato Grosso do Sul e a briga deve chegar ao presidente Lula. Caberá a principal liderança do partido no país a decisão se o partido terá candidatura própria na disputa pela prefeitura da capital ou se abre mão da cabeça de chapa para indicar um candidato a vice na chapa que seria encabeçada pela atual superintendente da Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste) e ex-deputada federal Rose Modesto, hoje filiada ao União Brasil.

“O PT vive um conflito geracional em Mato Grosso do Sul”, já disse Camila Jara, que já foi confirmada como pré-candidata à prefeitura de Campo Grande e que, no entanto, vem tendo a sua candidatura contestada pelo ex- -governador e atual deputado estadual Zeca do PT. “Não existe conflito de gerações, o que é discordância de análise sobre a conjuntura política, onde eu acho que seria melhor o partido começar a pensar em 2026 e, neste sentido, abrir mão da cabeça de chapa pode contribuir muito para o crescimento do partido”, afirmou Zeca do PT. 

Tanto Zeca quanto Camila concordam que a decisão estaria nas mãos de Lula, sendo que a deputada federal já disse ter recebido a aprovação do presidente para concorrer na capital, enquanto Zeca acredita que a direção nacional Petista terá uma reunião no máximo até março para definir se fecha aliança com Rose Modesto, ele mesmo admite que a palavra de Lula tem um peso muito grande nas definições das candidaturas principalmente nas capitais.

Nova geração 

Thiago Botelho, que articula para ser o candidato do PT na disputa pela prefeitura de Dourados, também enfrenta algumas dificuldades com os grupos mais antigos do partido no município. “A experiência precisa abrir espaço e apoiar verdadeiramente os novos quadros políticos”, afirmou Thiago Botelho, que ainda completou: “Na última eleição, Camila e eu mostramos nas urnas que a população quer do PT novos projetos. A política não pode ser água parada! 

Camila Jara, que de algum tempo já vem vivendo embates com a “velha guarda” do PT, admitiu que o partido vive um conflito geracional, mas, conflito não é nenhuma novidade no PT, que sempre valorizou o debate. “Não existe o PT sem debate interno e este é mais um momento”. A deputada federal disse que enfrentou a discussão e teve sua candidatura confirmada e tem o apoio do presidente Lula e por isso não acredita que o partido venha a apoiar a candidatura de Rose Modesto.

Segurança para Rose 

O deputado estadual Zeca do PT disse que essa questão do apoio a Rose Modesto deve acontecer antes de abril, até porque a atual superintendente da Sudeco precisa receber uma certeza desse apoio para poder se desincompatibilizar do cargo conforme determina a Legislação Eleitoral. “Para que possamos cobrar uma decisão da Rose, precisamos de uma decisão da direção nacional do partido e isso tem que acontecer o mais rapidamente possível”, disse o parlamentar.

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