PT fala em rompimento e PP nega aproximação do PSDB com o PL

Os deputados Zeca
do PT e Pedro Kemp
conversam durante
sessão da Assembleia ( Foto: Luciana Nassar/Alems)
Os deputados Zeca do PT e Pedro Kemp conversam durante sessão da Assembleia ( Foto: Luciana Nassar/Alems)

A aliança entre o PSDB e o PL está conseguindo um feito inédito de colocar Tereza Cristina, do PP e Zeca do PT na oposição ao partido dos tucanos na disputa eleitoral da Capital e ainda tendo o reforço do União Brasil.

Pelo menos por enquanto esse três partido estão mantendo seus projetos de candidatura própria com Adriane Lopes, Camila Jara e Rose Modesto, sendo que devem eleger como alvo Beto Pereira que é o candidato do PSDB e que conseguiu montar uma super estrutura financeira e de apoio político para conquista da prefeitura da Capital.

Se os deputados do PT estão insatisfeito com o PSDB, A senadora Tereza Cristina, presidente regional do PP, manifestou seu profundo descontentamento com o PL, que não declarou apoio à candidatura de Adriane Lopes à reeleição. Inicialmente ela não fala em rompimento com o presidente Bolsonaro e nem com o PSDB, até porque tem alianças em diversos municípios com os tucanos na disputa por prefeituras de diversos municípios.

Como a campanha eleitoral só começa em agosto e nesse período acontecerão as convenções que devem sacramentar as alianças e os candidatos a prefeito, vice e vereadores e, ainda podem acontecer muitas mudanças. Por enquanto a sinalização é que para a disputa eleitoral do principal colégio eleitoral do Estado.

Partido dos Trabalhadores

“Defendo que o PT abra discussão sobre a situação desconfortável em que foi colocado. Essa aliança do PSDB com o bolsonarismo radical, obriga o PT repensar seu caminho, até porque nacionaliza a discussão e antecipa a eleição de 2.026”, avaliou o deputado Zeca do PT . “Claro que, tomando uma decisão pelo rompimento com o governo do PSDB no Estado, os cargos de confiança devem ser entregues, ou então o seu titular se desligar do partido”, opinou o deputado Zeca do PT.

Seu companheiro de bancada na Assembleia Legislativa, Pedro Kemp disse que agora ficou difícil continuar alinhado com o PSDB. “Agora que o governo virou bolsonarista, não temos como continuar juntos”, pontuou Kemp. A mesma opinião é da deputada Gleice Jane, o que torna como unânime na bancada a decisão pelo rompimento com o Governo do Estado.

Na bancada federal, a pré-candidata à Prefeitura de Campo Grande, Camila Jara, que sempre foi contra a aproximação, compartilha a mesma opinião dos deputados estaduais e como fará uma campanha contra os tucanos o seu discursa pode acabar se radicalizando ainda mais pelo rompimento. Por enquanto, apenas o deputado federal, Vander Loubet, que até bem pouco tempo defendia uma composição que poderia resultar numa dobradinha com Reinaldo Azambuja na disputa pelo senado em 2026 , ainda assume um tom conciliador e evita falar em rompimento.

Progressistas

“Tenho respeito pelo presidente Bolsonaro, mas em Campo Grande vou continuar onde sempre estive. Não sai do meu quadrado. Agora, isso é da política. Não quero que fique envolvendo meu nome. A eleição de 2026 é outra coisa. Tenho aliança com o PSDB sim, em vários lugares, e espero que cumpram.
“Não estou junto. No campo nacional, sou aliada do presidente Bolsonaro, sou do campo conservador. Houve uma cisão do PSDB com o PP. Vou continuar onde sempre estive: junto com a Adriane para o que der e vier. Uma coisa que sempre tive foi lado. Aqui, assumi, lá atrás, um lado”, justificou.

Rose

Por seu lado, Rose Modesto tem procurado um caminho de conciliação sem atacar nenhum dos lados propondo inclusive uma aliança pela reconstrução da Capital e o rompimento da polarização política entre Bolsonaro e Lula. Rose que já chegou a anunciar apoio a reeleição de Eduardo Riedel em 2026, após assumir a superintendência da Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Contro-Oeste) no Governo Lula.
Zeca considerou a aproximação é um desprezo à parceria com o PT em Mato Grosso do Sul. “Tenho claro que o gesto do PSDB de MS foi um ato de desprezo ao PT, sem o apoio do qual, nem Riedel e nem Reinaldo teriam ganhado as eleições de 2018 e 2022. Nestas duas eleições, o apoio do PT foi fundamental e isso tudo deve ter consequências (SIC)”, declarou o deputado.

Por Laureano Secundo

 

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