O PSD de Gilberto Kassab não deve punir candidatos nos estados que se recusem a apoiar uma eventual candidatura do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), à Presidência da República.
O tucano deve anunciar nas próximas horas se sai do PSDB e se filia à legenda para concorrer à sucessão de Jair Bolsonaro (PL). Antes mesmo de decidir se entra no PSD, porém, ele já sofre resistências. Os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Otto Alencar (PSD-BA), candidatos à reeleição, por exemplo, querem apoiar Lula já no primeiro turno.
Já senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) deve apoiar Bolsonaro. Outro que manifesta simpatia pelo atual chefe do Executivo nacional é governador do Paraná, Ratinho Jr., e provavelmente vai abrir palanque para o candidato do PL em seu estado.
Enquanto isso, Kassab diz com segurança a interlocutores que a filiação de Eduardo Leite ao partido já é praticamente certa e deve se confirmar nas próximas horas. Mas, caso ele não migre de partido, enterrando a possibilidade de uma candidatura presidencial, a legenda deve lançar um outro nome para concorrer à sucessão de Jair Bolsonaro (PL).
Segundo o presidente nacional do PSD tem dito a interlocutores, a pré-candidatura do ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung voltaria então à mesa. Ou seja, o partido terá candidato a presidente de qualquer maneira.
Kassab tem repetido também que, caso o segundo turno seja mesmo entre Lula e Bolsonaro, como indicam as pesquisas eleitorais, o PSD abraçará a candidatura do petista.
Em Mato Grosso do Sul, conversas de bastidores indicavam que Marcos Trad, pré-candidato da legenda ao governo, pretendia se manter isento com relação à disputa presidencial e não oferecer palanque para nenhum dos principais candidatos de outros partidos. A situação, contudo, pode mudar de acordo com as orientações da cúpula do PSD.
Com informações da Folhapress.