Presidentes do Chile e da Bolívia afirmam que não sairão

Os presidentes do Chile, Sebastián Piñera, e da Bolívia, Evo Morales, vêm sendo pressionados a renunciar e têm enfrentado manifestações contrárias a seus governos. Apesar de enfrentarem protestos por diferentes razões, ambos coincidem em que não pretendem renunciar a seus cargos.

No Chile, os protestos começaram no dia 17 de outubro, após o governo de Piñera ter aumentado o preço das passagens do metrô. Mesmo após o presidente ter voltado atrás e cancelado o aumento, as manifestações não cessaram. Piñera ainda anunciou pacotes de medidas para conter a insatisfação dos chilenos, mas o anúncio não acalmou os protestos.

O Chile foi palco das manifestações mais violentas e numerosas dos últimos trinta anos.

“Seguramente chegarei ao fim do meu governo. Fui eleito democraticamente por uma grande maioria de chilenos”, disse Piñera ontem (5), em entrevista concedida à britânica BBC, empresa pública de comunicação.

Na Bolívia, Morales enfrenta manifestações desde 21 de outubro, dia seguinte às eleições gerais. Com uma apuração confusa e com suspeitas de fraude eleitoral, Morales foi eleito em primeiro turno para o seu quarto mandato consecutivo.

Em um primeiro momento, a oposição pedia que as eleições fossem a segundo turno. No entanto, com o passar dos dias e as crescentes manifestações, os opositores recrudesceram o discurso e passaram a pedir o cancelamento das eleições, um novo pleito e a renúncia de Morales.

“Que renúncia? Aqui vamos cumprir a Constituição Política do Estado e fazer cumprir o voto do povo boliviano. O grande problema que alguns grupos têm é que eles não aceitam o voto do movimento indígena”, afirmou Morales, que disse estar magoado com as mentiras e acusações feitas contra ele.

Movimentos oposicionistas fazem uma paralisação no país, sem data para acabar. Eles decidiram paralisar as instituições estatais e as fronteiras da Bolívia, com a ressalva de deixar funcionando os aeroportos internacionais e serviços básicos essenciais e emergências médicas. (Agência Brasil)

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