No comando do PSD, deputado tenta segurar vereadores insatisfeitos
Já no comando do diretório municipal do PSD de Campo Grande, o deputado estadual Pedro Pedrossian Neto defende que o partido tenha uma candidatura própria para a disputa eleitoral de 2024. “Não precisa ser o meu nome, mas, se for necessário, estarei à disposição do partido”, revelou, recentemente, o parlamentar, que já vinha articulando, junto ao presidente regional do partido, senador Nelsinho Trad, para dar início a uma reestruturação da sigla na Capital e tentar minimizar a saída de vereadores.
Na reunião desta semana, além da definição de Pedrossian Neto como presidente municipal da sigla, ficou definido que todos devem buscar um nome para concorrer à eleição e as opções que já começam a ser discutidas são do próprio deputado, passando pelo vereador Professor Riverton e incluem possíveis nomes que poderiam se filiar ao partido, como, por exemplo, o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Outro nome que chegou a ser cogitado como possível candidato, mas que estaria impedido por ser irmão de Marquinhos Trad, é o do ex-deputado federal Fábio Trad.
A presença do ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, no encontro, de acordo com fontes do PSD, também representou um certo alívio, pois temia-se que ele, que tinha pretensões de assumir o comando do partido, ao ser preterido pudesse abrir dissidência. Outro fato que foi superado é o de que Marquinhos Trad pudesse vetar a indicação de Pedrossian Neto, o que o impediria de assumir o comando, e isso acontecendo provocaria uma implosão definitiva do partido.
Desafio
O primeiro desafio de Pedrossian Neto como presidente do PSD municipal seria impedir que o partido venha a perder metade dos atuais membros da sua bancada, na Câmara Municipal. Os vereadores Beto Avelar, Valdir Gomes, Delei Pinheiro, Tiago Vargas e Silvio Pitu já concederam entrevistas, anunciando que têm convites para deixar o partido e tentar a reeleição em outra sigla, sendo a principal delas o PSDB. Além desses os vereadores, Professor Riverton, Junior Coringa e Otávio Trad, que participaram da reunião e apoiaram a indicação de Pedrossian Neto, vinham manifestando desejo de deixar o partido, na janela de transferências, em março.
“Nosso desafio é fazer a união dos quadros e a reconstrução do PSD, que é um partido relevante nacionalmente”, afirmou o deputado Pedrossian Neto.
A confirmação de que o partido terá um candidato competitivo a prefeito facilita a permanência de parte da bancada” afirmou Pedrossian Neto.
O líder do PSD na Câmara de Campo Grande, vereador Júnior Coringa, também defendeu candidatura própria. “O partido tem que se posicionar. Vamos fazer um debate interno para ver se tem um nome competitivo. Mas defendo que o partido tem que disputar a eleição”, disse o vereador Coringa.
Por – Laureano Secundo
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