Partidos afirmam que pesquisas vão definir os candidatos

Foto: Reprodução
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PSDB quer evitar prévias em Dourados e PL espera consenso para a direita  

Os partidos que pretendem concorrer às prefeituras das maiores cidades de Mato Grosso do Sul iniciaram uma série de pesquisas para medir a preferência do eleitorado sobre os nomes que visam disputar as eleições de 2024. O PSDB, MDB, PT, PSB, PL e PP querem ter em mãos o retrato mais fiel do que os espera no próximo ano e evitar futura dor de cabeça, como disputa de prévia dentro do partido. Em Dourados, por exemplo, no PSDB, há o deputado federal Geraldo Resende e os deputados estaduais Zé Teixeira e Lia Nogueira, com intenção de concorrer à prefeitura do município. O processo de definição do nome de consenso será conduzido de forma democrática e participativa, conforme explicou um dos coordenadores do PSDB em MS, Sergio de Paula. 

“Onde tivermos prefeitos, concorreremos à reeleição. Nas outras localidades, vamos definir o nosso candidato para tentar obter a vitória. Obviamente, estaremos sempre respeitando os aliados para as composições. A pesquisa qualitativa é fundamental para evitar possíveis rachas dentro do partido e garantir um bom nome na disputa”, afirmou Sergio de Paula, ao jornal O Estado. 

Após a obtenção dos resultados das pesquisas, o grupo tucano se reunirá para discutir e avaliar as informações coletadas. O objetivo é chegar a um consenso, levando em consideração os dados obtidos e o melhor interesse do partido. Essa abordagem visa evitar conflitos internos que possam enfraquecer a legenda e prejudicar suas chances nas eleições municipais. Atualmente, o PSDB conta com 40 prefeitos, além disso, o ninho vai crescer ainda mais, pois, nos dias 23 e 24, serão filiados mais dois prefeitos: Juliano Ferro Barros Donato, de Ivinhema e Lucio Roberto Calixto Costa, de Santa Rita do Pardo, além do vice- -prefeito de Selvíria, Jaime Soares Ferreira. Assim, o partido ficará com 42 prefeitos e 16 vice-prefeitos. 

O ex-governador André Puccinelli se coloca como pré-candidato à Prefeitura de Campo Grande. Ele não nega que, dentro da aliança com o PSDB, aceitaria ter ao lado um candidato a vice do PSDB e também diz que se estiver abaixo, nas pesquisas de intenção de voto, por questão de lógica acataria o posto de vice. Neste momento, o ninho tucano apresenta o deputado federal Beto Pereira como pré-candidato e pode até ser que no futuro haja uma dobradinha entre a dupla. “Se estou à frente nas pesquisas [não sei se aceitaria]. Mas tudo ser conversa. E as pesquisas são momentâneas. Eu estava quieto. Aí, o partido veio me procurar e disse que eu deveria colocar meu nome à disposição. Nisso, a gente tem que construir. Nesse sentido, o partido está unânime em meu nome”, afirmou. 

A senadora Tereza Cristina, presidente do PP, iniciou construções para 2024, projetando para 2026. “Tudo é uma construção. Assim como estamos em MS, arrumando o partido. A gente quer ter prefeitos e vices. Queremos um partido sólido para uma política de resultados. Eu acredito em partido que tem quadros e não naqueles que tem donos. Precisamos de quadros para oferecer à população”, disse ela, na rádio “Hora”. A parlamentar está rodando municípios do Estado junto a Marcos Santullo, que ficará como presidente do partido. O Progressistas visa ocupar espaços de poder em Campo Grande. “Partido é partido. Tem que fazer prefeitos, vereadores, deputados e governadores. A gente pode ser aliados em alguns lugares, em outros, não. O PP é o PP. E o PSDB é PSDB. Sou aliada e vou continuar sendo e o PP vai oferecer nomes e vai disputar, sim, onde houver nomes com condições”, garantiu. Na semana passada, o PP filiou a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, que pretende disputar a reeleição. 

A direita mais unida 

O PL, partido de Jair Bolsonaro, vem realizando diversas pesquisas qualitativas. O deputado federal Marcos Pollon tem buscado unir a extrema- -direita e a direita. Pollon se encontrou com o ex-deputado Capitão Contar (PRTB) e fez a ele o convite para filiação ao PL. Contar voltaria ao partido onde já foi filiado para unificar o grupo bolsonarista para uma candidatura, na Capital. A estratégia é ter apenas uma candidatura e não repetir o erro da última eleição, que rachou a direita. 

A esquerda

O PSB, que atualmente está sob o comando de Paulo Duarte, mesmo ainda com poucos dias à frente da direção da sigla, já começa a fazer articulações para as eleições municipais. Duarte explicou que a intenção é buscar alianças e formar parcerias nas próximas eleições. Ele cita que dificilmente poderá emplacar o partido em todo o Estado, mas buscará o maior número possível de alianças e a formação de chapas para vereadores. 

O presidente regional do PT, Vladimir Ferreira, afirma que o partido começa a construir o rumo eleitoral. Nesta semana, o ex-governador e deputado estadual Zeca do PT anunciou seu interesse em disputar a prefeitura. “Geralmente, temos um calendário para as definições, mas é claro que a viabilidade política e eleitoral é levada em conta, principalmente na Capital. Espero que possamos ter uma definição até o fim do ano”, afirmou o dirigente petista.

Por Alberto Gonçalves  – Jornal O Estado do MS.

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