Pacheco confirma que governo vai desistir de reonerar folha de pagamento via medida provisória

Foto: divulgação
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou na quarta-feira (21), que o governo irá recuar do movimento para a reoneração a folha de pagamento de 17 setores da economia e de municípios, a partir do mês de abril.

A proposta foi apresentada em medida provisória (MP), mas será retirada do texto, pois o acordo, segundo Pacheco, aconteceu em uma reunião com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Por meio das tratativas, sugestões do governo ligadas ao tema deverão ser apresentadas como projeto de Lei, manobra que tira a obrigatoriedade e concede mais tempo para análise do Congresso Nacional.

“Em relação à desoneração na folha de pagamento, a construção política está feita no sentido de que eventuais alterações no programa não se darão por medida provisória. O governo já concordou com essa premissa. Nós ajustamos isso e, em breve, o governo deve anunciar a medida tomada para poder retirar da medida provisória o estabelecimento dessas alterações da desoneração na folha de pagamentos. Eventualmente o governo poderá propor alterações por projeto, sem eficácia imediata”, anunciou.

Outras negociações ligadas ao benefício tributário
Pelo fato de haver outras negociações ligadas ao benefício tributário para o setor de eventos, o Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos), o presidente do Senado também afirmou ainda que a edição da medida provisória não será feita de forma imediata.

O anúncio de Rodrigo Pacheco coloca fim a um impasse que se arrastava desde dezembro. À época, o governo enviou a sugestão para retomar aos poucos a reoneração na folha de pagamento de estados e municípios. A medida contrariou posição de deputados e senadores, que haviam aprovado a prorrogação do benefício tributário até 2027.

No ano passado, o presidente Lula chegou a vetar o projeto aprovado pelo Congresso, mas parlamentares também derrubaram a decisão. A MP foi alvo de críticas políticas e de empresários, que fizeram uma série de manifestos ligados ao texto.

 

Com informações do SBT News.

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