Os planos para 2022 de quem foi candidato à prefeitura da Capital

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Reprodução/Internet

Após a ‘vitrine eleitoral’ de 2020, maioria faz planos para nova eleição

Dos 14 candidatos que disputaram a Prefeitura de Campo Grande em 2020, ao menos nove devem disputar
cargos nas eleições de 2022. No rol, está o prefeito Marquinhos Trad (PSD), anunciado pelo presidente nacional de seu partido, Gilberto Kassab, como nome da sigla para disputar o governo de Mato
Grosso do Sul, além de deputados que vão concorrer à reeleição e pré-candidatos dispostos a tentar novos cargos depois de aparecer na mídia na campanha anterior.

Até agora, Marquinhos não confirmou se deixará o cargo seis meses antes das eleições para ser candidato
no ano que vem. De qualquer forma, as lideranças de seu partido dão seu nome como certo para concorrer
à sucessão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

O promotor Sergio Harfouche, hoje sem partido, disse ao jornal O Estado que, por conta da legislação e do
cargo que ocupa, não pode comentar sobre futuro político. Ele teve 48.094 votos para prefeito pelo Avante, anulados pela Justiça Eleitoral. Tem força política no Estado e é cotado a concorrer em 2022.

Para federal

A delegada Sidnéia Tobias ficou conhecida na vitrine eleitoral ao ser candidata a prefeita pelo Podemos. Teve 19.103 votos e agora deve concorrer a deputada federal. “Com as novas regras eleitorais, a campanha de 2020 foi fundamental. Hoje a gente teme espaço para disputar a nível estadual, federal e vagas na majoritária. Isso foi muito bom, e me deu oportunidade de conhecer mais as pessoas e elas me conhecerem”, disse Sidnéia.

Para ela, o Podemos cresceu muito e fará diferença em 2022. “O projeto é sólido, forte e pessoas que já
tem história em MS. E isso é importante. Quando vamos escolher um político temos de ver de onde ele veio e para que veio, isso é fundamental.”

Reeleição

Dos que têm mandato, vários vão tentar a reeleição. É o caso do deputado estadual Pedro Kemp (PT), que
teve 34.546 votos na eleição municipal. Questionado se a disputa pela prefeitura dá projeção para 2022, o petista admitiu que existe a vitrine, mas com ressalva. “Sem dúvida, a campanha para prefeito dá muita visibilidade e projeção. Mas acredito que isso não é suficiente para garantir a reeleição, mas o trabalho realizado nos quatro anos de mandato.”

O presidente do PDT-MS, deputado federal Dagoberto Nogueira, afirmou que disputará reeleição para projetar também a campanha de Ciro Gomes a presidente da República. Em 2020, Dagoberto teve 6.507 votos para prefeito. “Ser candidato a prefeito em Campo Grande foi uma grande experiência e oportunidade de mostrar nossa linha de pensamento. Venho pra reeleição, pois acredito que ainda tenho muito pra fazer pelo nosso Mato Grosso do Sul.” O deputado estadual Marcio Fernandes (MDB), que teve 12.522 votos para
prefeito, afirmou que também disputará a reeleição na Alems.

Para governador

O engenheiro Marcelo Bluma, presidente regional do PV, disse que vai disputar o governo. “Como sempre fazemos, lançaremos candidatos para os cargos majoritários e, a princípio, sou o pré-candidato a governador
pelo PV.” Para Bluma, a eleição de 2020 foi atípica por conta da pandemia. Ele teve 2.657 votos. “Por causa da pandemia, a campanha se deu somente pela TV e redes sociais e sem qualquer tipo de debate ou participação em entrevistas, fato que dificultou sobremaneira a nossa participação. Entretanto, com o recuo
da pandemia teremos uma campanha diferente no próximo ano, quando o PV terá, com certeza, uma grande participação.” O deputado estadual João Henrique (PL) disputará em 2022 o governo, segundo informado pela assessoria. Na eleição municipal, ele obteve 10.123 votos.

Outros projetos

O ex-vereador Vinicius Siqueira teve 34.066 votos para prefeito pelo PSL, após disputa no partido com o deputado federal Loester Trutis, que queria ser candidato. Hoje presidente regional do PROS, Siqueira não
quis antecipar se será candidato e afirmou que tem agenda com o presidente nacional do PROS, Erípedes Júnior, para planejamento. O empresário Guto Scarpanti teve 4.811 votos para prefeito pelo Novo e avalia disputar uma vaga na Alems. “Até o momento isso ainda não está muito claro porque o foco do nacional é eleger deputados federais. Mas parece que temos uma possibilidade de concorrer para vaga na Assembleia e, se confirmando essa possibilidade, esse é o caminho que gostaria de seguir para 2022.”

A presidente regional do PSOL, Cris Duarte, que teve 4.621 votos na eleição para a Prefeitura de Campo Grande em 2020, pretende também concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa. “Temos uma Assembleia que em 2018 passou a vergonha nacional de ser a única sem nenhuma mulher eleita. Precisamos enfrentar isso com um problema grave da democracia e do machismo em MS.”

O ex-secretário Marcelo Miglioli, que teve 7.899 votos pelo SD, disse apenas que “é muito cedo para essa definição”. O advogado Esacheu Nascimento, que pelo PP teve 10.170 votos, e o pecuarista Paulo Matos do PSC, que teve 1.884 votos, não responderam se serão candidatos.

Texto de Rayani Santa Cruz

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