Medicamentos para Câncer podem faltar em 2023

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Foto: Arquivo/Agência Brasil

Especialistas em Saúde e deputados se reuniram em Brasília nesta quarta-feira (23), para debater a possível falta de medicamentos para tratamento de Câncer no Sistema Único de Saúde (SUS) em 2023.

Também alertaram sobre o reforço orçamentário para o próximo ano para atender à crescente demanda por tratamento de câncer. 

Das ações consideradas prioritárias pelos debatedores também fazem parte a melhoria da gestão de recursos por estados e municípios, o cumprimento do prazo de entrada do medicamento no SUS e o diagnóstico precoce da doença.

Representante da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo David apontou dois impasses enfrentados pela rede pública no atendimento a pacientes com câncer.

O primeiro, segundo ele, diz respeito à gestão ineficiente por secretários municipais e estaduais de saúde dos recursos repassados pela pasta. Nesse ponto, o executivo reforçou que a quantidade de verbas aportada é a mesma para cada ente federativo, o problema estaria no protocolo adotado para administrar o dinheiro. “Essas inequidades são observadas em todas as modalidades de tratamento, não somente para o câncer, e a gente atribui isso aos diferentes tipos de gestão que são conduzidos localmente”, disse.

O segundo impasse, conforme David, é a falta de verba: “É um problema que tende a se agravar considerando as restrições orçamentárias que nós temos na área da saúde nos últimos anos”, alertou. David observou ainda que, nas áreas do câncer e de doenças raras, existe uma crescente inovação da oferta de tratamento, mas com altos custos, o que ameaça a sustentabilidade financeira do SUS.

Deputados se manifestaram. “Eu não tenho dúvida nenhuma de que a saída é a gente aprovar o Fundo Nacional de Enfrentamento ao Câncer com recursos suficientes no Orçamento, com uma rubrica específica para tratar o câncer. Já conversei com o presidente Arthur Lira (PP-AL) e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para até novembro a gente aprovar esse fundo”, declarou Prado (Pros-MS).

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