Mandetta cobra que Bolsonaro entre em coerência com informações

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse neste domingo (12), que espera “uma fala unificada e o fim da dubiedade” entre suas orientações e as do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a respeito das medidas de combate à expansão da pandemia do novo coronavírus.

“Isso leva para o brasileiro uma dubiedade, ele não sabe se ele escuta o ministro da saúde ou se escuta o presidente da República”, afirmou em entrevista veiculada ao programa “Fantástico”.

Em tom mais comedido que no início da pandemia, Mandetta voltou a defender que a população brasileira permaneça em casa, posição contrária à defendida pelo presidente. Ainda assim, afirmou que o governo federal precisa passar uma “fala única” à população.

“A diferença nas orientações preocupa, porque a população olha e fala assim: Será que o ministro da Saúde é contra o presidente? E não há ninguém contra ou a favor de nada. O nosso inimigo é o coronavírus, ele que é o nosso principal adversário. Se eu estou ministro da Saúde, eu estou por obra e nomeação do presidente”, afirmou Mandetta.

“O presidente também olha pelo lado da economia”, prosseguiu, referindo-se à argumentação de Bolsonaro de que o isolamento piora o desemprego. “O Ministério da Saúde entende a economia, entende a cultura, mas chama pro lado do equilíbrio e proteção à vida. Eu espero que essa validação dos diferentes modelos de enfrentamento dessa situação possa ser comum e possa ter uma fala unificada” conclui.

(Texto: Karine Alencar com o UOl)

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