O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou na sexta-feira (4) que pretende disputar as eleições presidenciais de 2026. A sinalização foi feita durante cerimônia de anúncio de investimentos da Petrobras em refino e petroquímica, realizada em Duque de Caxias (RJ).
“Tem gente pensando em eleição, eles não sabem o que eu estou pensando. Então, se preparem. Se tudo estiver como estou pensando, esse país vai ter, pela primeira vez, um presidente eleito quatro vezes”, declarou o petista, sugerindo que pode tentar um quarto mandato à frente do Palácio do Planalto.
Caso confirme a candidatura e seja eleito, Lula se tornará o primeiro presidente da história do Brasil eleito quatro vezes. Ele governou o país entre 2003 e 2010, retornando ao cargo em 2023, após vencer Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.
Relação com o Congresso e impasse sobre o IOF
Durante o evento, Lula também comentou o atual impasse entre o Executivo e o Congresso Nacional em torno do decreto que aumentou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo ele, não há guerra entre os Poderes, e eventuais divergências serão resolvidas com diálogo.
“Parece que tem uma guerra aí do governo com o Congresso […] Eu sou muito agradecido pela relação que eu tenho com o Congresso Nacional. Até agora, nesses dois anos e meio, o Congresso aprovou 99% das coisas que nós mandamos”, afirmou o presidente.
Lula ainda defendeu que divergências são parte do processo democrático: “Quando tem uma divergência, é bom. Porque a gente se senta na mesa, vai conversar e resolver. O governo pensa uma coisa, o Congresso pensa outra, então nós vamos resolver isso em uma mesa de negociação”.
O tema está atualmente nas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes suspendeu tanto o decreto do governo quanto a decisão do Congresso que o derrubou, e convocou uma audiência de conciliação para o dia 15 de julho. A ação foi movida pela Advocacia-Geral da União (AGU) após o governo sofrer uma derrota no Legislativo.
As declarações de Lula agitam o cenário político e indicam que, apesar das dificuldades econômicas e das tensões institucionais, o presidente está focado em consolidar sua gestão com vistas a um novo ciclo eleitoral.
Com informações do SBT News
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