O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia nesta semana uma nova rodada de compromissos no exterior, com visitas programadas à Rússia e à China. A viagem marca a retomada da agenda internacional do presidente em 2025 e ocorre em um momento de forte reconfiguração geopolítica e econômica global.
A primeira parada será em Moscou, na próxima quarta-feira (7), a convite do presidente russo Vladimir Putin. Lula participará das celebrações dos 80 anos da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, um evento tradicional no calendário político russo. Além das cerimônias oficiais, estão previstas reuniões bilaterais entre os dias 8 e 10 de maio com o líder do Kremlin.
Janja já está na Rússia
A primeira-dama Janja da Silva chegou ao país seis dias antes da comitiva presidencial e visitou o Kremlin, sede do governo russo. Detalhes sobre sua agenda oficial ainda não foram divulgados, mas a antecipação de sua chegada reforça o tom diplomático da visita.
Rumo à China
Após os compromissos na Rússia, Lula seguirá para a China, onde terá encontros nos dias 12 e 13 de maio no contexto da Cúpula entre a China e os países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O evento busca aprofundar as relações comerciais e políticas entre a região e o país asiático.
A visita de Lula a Pequim se dá em meio à crescente tensão econômica entre China e Estados Unidos. A intensificação da guerra comercial entre as duas potências — iniciada ainda durante o governo Trump — tem provocado oscilações nos mercados internacionais e alimentado incertezas sobre o futuro da economia global.
O encontro entre Lula e o presidente chinês Xi Jinping será o quarto desde o início do atual mandato do petista. Eles estiveram juntos em abril de 2023, na primeira visita oficial de Lula à China, e novamente em novembro do mesmo ano, quando Xi fez uma visita de Estado ao Brasil. Os dois também se encontraram durante a Cúpula dos Brics na África do Sul, em 2023.
Reforço no multilateralismo
Com a nova rodada de compromissos, o governo brasileiro busca consolidar o papel do país como um ator de destaque na política internacional e reforçar sua aposta no multilateralismo. A participação em fóruns como o Brics, Celac e G20, além de visitas bilaterais estratégicas, compõe a estratégia diplomática do Palácio do Planalto.
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