Lula provoca Bolsonaro e afirma que, se disputar eleição em 2026, o ex-presidente será derrotado novamente

Foto: Ricardo Stuckert
Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta quarta-feira (5) que, caso Jair Bolsonaro (PL) consiga reverter sua inelegibilidade e dispute as eleições presidenciais de 2026, será derrotado novamente – caso o petista também esteja na disputa. A declaração foi dada em entrevista a rádios de Minas Gerais.

“Se a Justiça entender que ele pode concorrer às eleições, ele vai concorrer. Mas, se for comigo, vai perder outra vez. Não há possibilidade de a mentira vencer no país”, afirmou Lula.

Bolsonaro segue inelegível após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidir que ele cometeu abuso de poder político ao reunir embaixadores em 2022 e espalhar informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro. O ex-presidente e aliados tentam emplacar no Congresso Nacional um projeto de anistia para quem participou das tentativas de golpe em 2022 e nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.

Durante a entrevista, Lula ironizou a tentativa de anistia proposta por setores da direita. “Nem terminou o processo e as pessoas já querem anistia. Ou seja, eles não acreditam que são inocentes?”, questionou o presidente.

Lula também comentou a investigação da Polícia Federal (PF) que revelou um plano para assassiná-lo, além do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. “Quem tentou dar um golpe e articulou a morte do presidente, do vice-presidente e do presidente do tribunal eleitoral não merece absolvição. Por menos do que eles fizeram, muita gente no partido comunista foi morto, muita gente foi presa”, afirmou.

O cenário político de 2026 ainda é incerto, mas a fala de Lula reforça a polarização entre o petista e Bolsonaro, caso o ex-presidente consiga reverter sua inelegibilidade. Até lá, o projeto de anistia e as investigações sobre os atos antidemocráticos de janeiro de 2023 seguem como fatores-chave para definir o futuro político dos envolvidos.

 

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