O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou na manhã desta quinta-feira (27), no horário de Brasília, em Hanói, capital do Vietnã, após uma visita de quatro dias ao Japão. A agenda oficial no Vietnã ainda não foi divulgada pela equipe presidencial, mas Lula deve se reunir com o presidente vietnamita, Luong Cuong, e com o primeiro-ministro, Pham Minh Chinh.
A visita ao Vietnã faz parte de uma estratégia para ampliar o mercado brasileiro para consumidores asiáticos, com foco em parcerias comerciais, especialmente no setor de carne. A Ásia é vista pelo governo brasileiro como um mercado estratégico para exportações de produtos agropecuários e industrializados.
Antes de seguir para o Vietnã, Lula esteve no Japão desde o último domingo (23), onde participou de encontros diplomáticos e econômicos. Em discurso durante o Fórum Empresarial Brasil-Japão em Tóquio, na última quarta-feira (26), o presidente criticou o protecionismo norte-americano e defendeu a ampliação de acordos comerciais entre blocos econômicos, como o Mercosul.
Sem mencionar diretamente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ou a disputa comercial entre China e EUA, Lula afirmou que o Brasil não quer “uma segunda Guerra Fria”. Ele reforçou que a abertura de mercados e a integração econômica são fundamentais para o crescimento dos países emergentes.
“A nova integração entre os blocos econômicos pode ser benéfica para todos os países envolvidos, gerando mais empregos, fortalecendo a indústria e promovendo o desenvolvimento sustentável”, declarou Lula no evento em Tóquio.
A exportação de carne é um dos principais focos das negociações no Vietnã. O Brasil já é um dos maiores exportadores mundiais de carne bovina e de frango, e o governo busca consolidar novos contratos para fortalecer o setor agropecuário e aumentar o superávit comercial.
A expectativa é de que os encontros de Lula com as autoridades vietnamitas resultem em acordos bilaterais que facilitem o comércio entre os dois países. O Vietnã é um dos principais mercados em crescimento na Ásia e tem demonstrado interesse em ampliar o comércio com o Brasil em setores estratégicos, como agropecuária, energia e tecnologia.
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