Lula defende regulação das big techs e amplia cooperação com Equador em encontro em Brasília

Presidente do Equador, Daniel Noboa, e o presidente Lula em encontro no Palácio do Planalto, em Brasília - Foto: Ricardo Stuckert/PR
Presidente do Equador, Daniel Noboa, e o presidente Lula em encontro no Palácio do Planalto, em Brasília - Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nessa segunda-feira (18) que a regulação das big techs representa um dos maiores desafios contemporâneos enfrentados pelos Estados. Em encontro com o presidente do Equador, Daniel Noboa, no Palácio do Planalto, em Brasília, Lula alertou para os riscos que plataformas digitais sem controle oferecem à democracia e à segurança social.

“As redes digitais não devem ser terra sem lei em que é possível atentar impunemente contra a democracia, incitar o ódio e a violência. Erradicar a exploração sexual de crianças e adolescentes é uma imposição moral e uma obrigação do poder público”, declarou a jornalistas.

Sem citar diretamente o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o tarifaço imposto pelos norte-americanos, Lula também classificou o atual cenário global como “desafiador, em que rivalidades se agravam e instituições multilaterais são esvaziadas”. Para o petista, a defesa da independência nacional exige firmeza e diversificação de parcerias. “Para o Brasil, autonomia é sinônimo de diversificação de parcerias”, disse, destacando que os laços com o Equador e os demais países sul-americanos “são prioridades” de sua gestão.

Comércio bilateral e integração regional

Lula destacou que Equador e Brasil têm potencial para ampliar o comércio bilateral. Atualmente, o intercâmbio é de mais de US$ 1 bilhão, com superávit superior a US$ 850 milhões em favor do Brasil. O presidente afirmou a Noboa que pretende trabalhar para tornar as trocas comerciais mais equilibradas, reduzindo barreiras a produtos equatorianos.

Outro tema central foi a segurança pública. Lula anunciou a reabertura da adidância da Polícia Federal em Quito, medida que reforça a cooperação no enfrentamento ao crime organizado. Ele ressaltou que a luta contra redes criminosas que atuam em diversos países da região só terá resultados concretos com atuação conjunta. Entre as iniciativas já em andamento estão treinamentos em investigação de crimes financeiros e ações de combate ao contrabando de armas e ilícitos transnacionais.

Meio ambiente e transição energética

Na pauta ambiental, Lula enfatizou o papel de Brasil e Equador na liderança da transição energética, lembrando que ambos possuem matrizes elétricas majoritariamente renováveis. Ele também projetou a centralidade da Amazônia nas discussões globais que antecedem a COP30.

“Dentro de poucos meses, na COP30, a Amazônia não estará apenas na ‘mitad del mundo’, como se costuma chamar a linha do Equador. Ela será o epicentro das soluções para o planeta”, afirmou, agradecendo o apoio de Noboa ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre, iniciativa brasileira voltada à preservação ambiental nos países amazônicos.

 

Com informações do SBT  News

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