Durante participação na Sessão Ampliada da Cúpula do G7, realizada nessa terça-feira (17) em Kananaskis, no Canadá, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo direto pelo fortalecimento da Organização das Nações Unidas (ONU) como ator central na mediação de conflitos internacionais. Em um discurso crítico, Lula alertou para a ausência de liderança global, que, segundo ele, tem agravado guerras e instabilidades em várias regiões do mundo.
“Estão sentados em torno desta mesa três membros permanentes do Conselho de Segurança e outras nações com tradição na defesa da paz. É o momento de devolver o protagonismo à ONU”, afirmou o presidente brasileiro, referindo-se aos Estados Unidos, Reino Unido e França — integrantes do G7 com assento permanente no Conselho de Segurança.
Lula sugeriu ainda que o secretário-geral da ONU, António Guterres, lidere um grupo de países comprometidos com a busca pela paz, como forma de restaurar a relevância da instituição no cenário internacional.
Críticas a conflitos no Oriente Médio e na Europa
Em sua fala, Lula condenou os recentes ataques de Israel ao Irã, classificando-os como uma ameaça real de transformar o Oriente Médio em um campo de batalha generalizado, com impactos globais imprevisíveis.
O presidente também voltou a denunciar a situação humanitária na Faixa de Gaza, onde milhares de civis já morreram em meio aos confrontos entre Israel e o grupo Hamas. “Nada justifica a matança indiscriminada de mulheres e crianças, nem o uso da fome como arma de guerra”, criticou.
Sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, Lula reiterou a necessidade do diálogo: “Só o entendimento entre as partes pode conduzir a um cessar-fogo e pavimentar o caminho para uma paz duradoura”, declarou.
G7 e o apelo por responsabilidade global
O G7 reúne as sete principais economias democráticas do mundo — Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido — e exerce influência decisiva em temas de segurança, economia e política internacional. Três desses países integram o Conselho de Segurança da ONU, e foram diretamente instados por Lula a assumirem uma postura mais ativa na promoção da paz mundial.
A fala do presidente brasileiro reforça sua postura crítica à ordem geopolítica atual e alinha-se à sua proposta histórica de reforma nos organismos internacionais, como a própria ONU, que ele considera obsoleta diante dos desafios do século XXI.
Com informações do SBT News
Confira as redes sociais do Estado Online no Facebook e Instagram
Leia mais
Moraes mantém acareação entre Mauro Cid e Braga Netto para o dia 24, apesar de pedido da defesa