Lula anuncia que discutirá substituto de Juscelino Filho com União Brasil ao retornar ao país

Foto: Ricardo Stuckert/PR
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que vai se reunir com lideranças do União Brasil assim que retornar ao Brasil nesta quinta-feira (10), para discutir a substituição do ex-ministro das Comunicações, Juscelino Filho, que pediu demissão na última terça-feira (8) após ser denunciado por corrupção pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Durante entrevista a jornalistas em Honduras, onde participou da IX Cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), Lula adiantou que um dos nomes mais cotados para o cargo é o do deputado Pedro Lucas Fernandes (MA), atual líder do União Brasil na Câmara.

“Eu já tenho o nome, eu conheço o Pedro Lucas. Amanhã de manhã, quando eu voltar ao Brasil, vou conversar com o União Brasil, e, se for o caso, já discuto a nomeação dele”, afirmou.

Questionado sobre o impacto da saída de Juscelino Filho na possível reforma ministerial, Lula destacou que qualquer mudança no governo é prerrogativa exclusiva do presidente da República e que não há um cronograma definido para eventuais alterações na Esplanada dos Ministérios.

“As trocas de ministros ocorrerão quando eu achar necessário. Não tem prazo, nem pressão. Quem decide sou eu”, declarou o presidente.

Lula critica políticas unilaterais dos EUA

Ainda em Honduras, Lula também comentou as recentes ações comerciais do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou tarifas elevadas contra produtos da China. Para o líder brasileiro, medidas unilaterais como essas colocam em risco a estabilidade econômica global.

“Não é aceitável a hegemonia de um país – nem militar, nem cultural, nem industrial, nem tecnológica, nem econômica”, afirmou.

Lula defendeu a importância do multilateralismo e criticou decisões que ignoram o diálogo internacional:

“A melhor forma de fazer um bom acordo é sentar numa mesa de negociação, sem hegemonismo, sem prepotência e sem arrogância.”

Em relação ao Brasil, o presidente garantiu que adotará medidas de reciprocidade comercial caso o país seja prejudicado por decisões semelhantes às dos EUA:

“Tudo que fizerem conosco, haverá reciprocidade. Tudo”, concluiu.

 

Com informações do SBT News

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