Lei amplia ressocialização de presos em MS, Estado com déficit de 9 mil vagas nas prisões

Foto: Chico Ribeiro/Arquivo
Foto: Chico Ribeiro/Arquivo

Em agenda na Governadoria com presença de membros do Poder Judiciário, o governador Reinaldo Azambuja sancionou, nesta segunda-feira (28), a lei que cria a Polícia Estadual de Alternativas Penais em Mato Grosso do Sul.

Atualmente, a superpopulação carcerária provoca um déficit de aproximadamente nove mil vagas no Sistema Penitenciário do Estado e tem custo de mais de R$ 430 milhões por ano aos cofres estaduais.

Proposta pelo Poder Executivo, a norma que foi aprovada na Assembleia Legislativa no último dia 17 procura adequar a legislação estadual à Política Nacional de Alternativas Penais, implementada pelo Ministério da Justiça, com a meta de reduzir o número de pessoas presas no Brasil.

Entre os benefícios da lei estão a diminuição do custo do sistema penal e inclusão do sentenciado na família e na comunidade através de programas de ressocialização, reduzindo a reincidência criminal.

“Mato Grosso do Sul é hoje o estado do Brasil que tem a maior população carcerária em relação ao número de habitantes. Isso é muito fruto de sermos o Estado que mais apreende drogas. Mais de 60% dos presos vêm do tráfico e acaba ‘congestionando’ o sistema prisional. Buscar essas alternativas  penais de ressocialização, cumprimento da pena, inclusão e trabalho, além de outras alternativas, é muito inteligente”, afirmou o governador Reinaldo Azambuja.

“É um custo para a sociedade. Quando a gente cria alternativas, podemos, a médio e longo prazo, bem organizado e sob a orientação do Poder Judiciário, diminuir esses custos”, destacou o governador, lembrando que o Governo do Estado e o Tribunal de Justiça (TJMS) já executam programas de ressocialização, como o “Revitalizando a Educação com Liberdade” e o “Mãos que Constroem”, que colocam presos para trabalhar em obras de escolas e delegacias, gerando economia para os cofres públicos e dando oportunidades para os apenados.

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