O juiz da 27ª Zona Eleitoral de Ivinhema, Rodrigo Barbosa Sanches, marcou para o dia 9 de outubro, às 14h, a audiência de instrução do inquérito que investiga Juliano Ferro Barros Donato por supostos crimes eleitorais. A audiência ocorrerá no Fórum de Ivinhema e tem como objetivo ouvir testemunhas e dar continuidade à produção de provas no processo.
Juliano Ferro é investigado por suposta falsidade ideológica e ocultação de bens à Justiça Eleitoral, crimes previstos nos artigos 350 e 353 do Código Eleitoral (Lei 4.737/1965). O inquérito foi instaurado com base em depoimentos obtidos durante a Operação Lepidosiren, que apontam indícios de irregularidades na declaração de bens apresentada por ele à Justiça Eleitoral.
Segundo as investigações, Juliano teria recebido uma caminhonete Silverado avaliada em mais de R$ 800 mil, que não consta em sua declaração de bens. O veículo teria sido entregue por um terceiro e estaria em nome de outra pessoa, embora haja indícios de que Juliano possua e utilize o bem regularmente. Ele é apontado como parente do então prefeito de Ivinhema, Paulo Ferro.
A defesa de Juliano Ferro Barros Donato havia solicitado ao juiz três medidas: a rejeição da denúncia por inépcia (falta de clareza ou especificidade), o reconhecimento de ausência de justa causa (falta de provas mínimas), e a absolvição sumária.
No entanto, todas as solicitações foram indeferidas. O magistrado considerou que a denúncia apresentada pelo Ministério Público Eleitoral é clara e suficiente, descrevendo de forma objetiva os fatos, a forma de execução e o momento dos supostos crimes.
Também entendeu que há elementos mínimos de prova para a continuidade do processo, como boletins de investigação, relatórios policiais e depoimentos colhidos no âmbito da Operação Lepidosiren.
Por Brunna Paula e Carol Chaves
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