O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível há oito anos, anunciou que pretende disputar a presidência da República nas eleições de 2026. A declaração foi feita em entrevista à revista Veja , publicada na sexta-feira (1º). Ao ser questionado sobre o cenário da direita no próximo pleito, Bolsonaro afirmou que vários nomes estão em discussão, mas que apenas ele teria chance de vencer.
“Tarcísio, Caiado, Zema…O Tarcísio é um baita gestor. Mas eu só falo depois de enterrado. Estou vivo. Com todo o respeito, chance só tenho eu, o resto não tem nome nacional. O candidato sou eu”, completou o ex-presidente.
Durante uma entrevista, Bolsonaro classificou sua inelegibilidade como perseguição, mencionando o processo que o condenou por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação ao reunir-se com embaixadores antes das eleições. “Não ganhei um voto com isso. São injustiças, uma perseguição”, disse ele sobre a decisão que o suspendeu temporariamente da política.
Bolsonaro também falou sobre as expectativas políticas de sua família, dizendo que três membros podem estar no Senado em 2027. Ele afirmou que seu filho Flávio Bolsonaro deve concorrer à reeleição, enquanto Eduardo Bolsonaro foi lançado como candidato pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Além disso, Bolsonaro afirmou que sua esposa, Michelle Bolsonaro, tem “grande chance de se eleger” ao Senado pelo Distrito Federal, caso aceite a candidatura.
Planos para um eventual governo
Bolsonaro também esboçou o que seria seu perfil de gestão caso voltasse ao cargo, destacando que preferiria ministros palacianos com perfil político. Ele afirmou que “manteria o ‘cercadinho’, pois teria contato direto com o povo” e reiterou que “não errou em nenhuma observação feita durante a pandemia”.
Inelegível até 2030, Bolsonaro depende de reverter judicialmente sua situação para se candidatar em 2026. Mesmo assim, ele continua se posicionando como a principal liderança da direita.
Confira as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram
Leia mais
Com apoio do Governo, Coamo anuncia R$ 500 milhões para ampliar indústria e construir novos armazéns