Gleisi nega atraso proposital nas emendas e diz que governo Lula está agilizando liberações

Foto: Reprodução/SBT News
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A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), negou nessa sexta-feira (27) que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteja, intencionalmente, atrasando a liberação de emendas parlamentares em 2025. Em publicação direta nas redes sociais, Gleisi usou dados e explicou os motivos por trás do ritmo atual de execução orçamentária, afirmando que, apesar dos desafios, o processo está mais rápido que em anos anteriores.

Segundo a ministra, o governo montou uma força-tarefa para acelerar os pagamentos logo após a aprovação do Orçamento, que este ano ocorreu com quase três meses de atraso. “O governo não tem interesse nenhum em retardar as emendas. Isso seria até um contrassenso. Desde a aprovação do orçamento, montamos uma força-tarefa para acelerar a execução, dentro dos parâmetros legais e com total transparência”, escreveu.

Gleisi destacou que 2025 é o primeiro ano de execução das emendas parlamentares sob as regras da Lei Complementar 210/2024, criada após decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e aprovada pelo próprio Congresso. A nova legislação impõe mais controle e transparência sobre os repasses, o que, segundo ela, também exige uma adaptação da máquina pública.

Outro fator citado pela ministra foi o atraso na aprovação do Orçamento, que só foi votado pelo Congresso em 20 de março e sancionado pelo presidente Lula em 10 de abril. “O calendário começou atrasado, mas nem por isso o governo ficou parado”, ressaltou.

Gleisi divulgou dados para reforçar que os repasses vêm ganhando ritmo. Entre os dias 21 e 23 de junho, os valores pagos em emendas saltaram de R$ 5,3 milhões para R$ 408,3 milhões — um aumento de 77 vezes em apenas três dias.

Desde o início da liberação das verbas, em 12 de junho, os pagamentos já chegaram a R$ 465 milhões, enquanto o total empenhado (reservado para pagamento futuro) passou de R$ 93,1 milhões para R$ 2 bilhões em apenas duas semanas.

Apesar do crescimento expressivo, os valores pagos ainda representam apenas 0,93% dos R$ 50 bilhões previstos para este ano.

A ministra também lembrou que uma parte das emendas, conhecidas como emendas de comissão, ainda não foram enviadas pelo próprio Congresso, o que também afeta o cronograma de execução. “Se tem atraso, é do processo — e não de má vontade do Planalto”, finalizou Gleisi.

A declaração busca rebater críticas de parlamentares e reforçar o compromisso do governo em manter a execução orçamentária dentro da legalidade e da eficiência, mesmo diante de novos desafios técnicos e burocráticos.

 

Com informações do SBT News

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