Gabriel Monteiro é preso após prisão preventiva ser decretada

Gabriel Monteiro mandato cassado
Imagem: Reprodução/Divulgação

O ex-vereador Gabriel Monteiro, que teve o mandato cassado em agosto, foi preso nesta segunda-feira (7), após a 34ª Vara Criminal determinar prisão preventiva. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o caso que motivou a prisão é mantido sobre segredo de justiça, porém a suspeita é de que tenha envolvimento com o novo processo que ele responde por estupro.

A decisão partiu do juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, que também determinou que os celulares e armas de fogo do acusado sejam aprendidas. Gabriel se apresentou na 77º Delegacia Policial (Icaraí) no mesmo dia da determinação para que o mandado fosse cumprido.

De acordo com informações, o acusado foi preso devido a uma nova denuncia de estupro, que teria ocorrido dia 15 de junho, onde uma estudante de 23 anos afirma que conheceu Monteiro em uma boate e foi levada para a casa de um amigo do acusado, onde teria sido constrangida a ter relações sexuais com Gabriel, que a agrediu com tapas e passava uma arma no seu rosto.

Essa nova acusação faz parte de um novo processo, sendo diferente dos casos que foram analisados pelo Conselho de Ética da Câmara do Rio, que foi a responsável pela cassação do então vereador.

Sobre as acusações

Gabriel Monteiro teve o mandato cassado em agosto de 2022 por 48 votos a 2, por quebra de decoro parlamentar, durante uma sessão do Conselho de Ética da Câmera por três acusações centrais: encenação com uma menor de idade em um shopping, agressão contra um morador de rua convidado para a encenação de um roubo na Lapa e relação sexual gravada em vídeo com uma menor de idade, que posteriormente teve as imagens vazadas na internet.

Durante os trabalhos da Comissão de Ética, assessores também denunciaram o vereador por importunação sexual e estupro, porém, como elas foram inseridas após a denuncia inicial, não entraram no relatório final.

O relator do processo, o vereador Chico Alencar (Psol), chegou a ler parte do relatório que foi aprovado pelo conselho e afirmou que os vídeos foram editados com o objetivo de abusar de pessoas vulneráveis. “A filmagem da relação sexual com uma menor de idade, à época com 15 anos de idade, choca a todos. O vídeo é impublicável, com agressão física a mulher. Isso está filmado. Isso é impublicável” e complementa que “a conduta do vereador de filmar cenas de sexo com menores é crime. Está no Estatuto da Criança e do Adolescente. É crime fotografar, filmar, cenas de sexo envolvendo crianças e adolescentes. Armazenar vídeo, fotografia, com cena de sexo explícito é crime. Os vídeos têm diálogos estarrecedores”.

Já a defesa de Monteiro afirmou que a encenação da adolescente no shopping foi consentida pela mãe da jovem e que a gravação com o morador de rua era apenas um experimento social e que ele teria sido agressivo. Sobre a gravação da relação sexual, o vereador afirmou que não sabia que a menina era menor de idade. Também foi usado como argumento, que o cassado estava sendo vitima de uma conspiração da chamada “máfia do reboque”, empresa que foi denunciada por ele.

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