Governadores reagem à explosões no STF e segurança é reforçada na Praça dos Três Poderes

Foto: Agência Brasil
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Na noite de quarta-feira (13), explosões próximas ao Supremo Tribunal Federal (STF) deixaram Brasília em alerta. O autor, Francisco Wanderley Luiz, de 49 anos, ex-candidato a vereador em Santa Catarina pelo Partido Liberal (PL), morreu ao ser atingido por um dos explosivos que ele mesmo acionou. O incidente foi classificado como grave ataque à democracia, motivando manifestações de repúdio de governadores e medidas de segurança na capital federal.

Governadores de sete estados se posicionaram sobre o episódio. Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, condenou o extremismo e defendeu o equilíbrio político. “O extremismo e o radicalismo estão na origem dos ataques a instituições e ao Estado Democrático de Direito.”

Por outro lado, Ronaldo Caiado (União), de Goiás, criticou o governo federal. “As explosões constituem o retrato de um país à deriva. […] Na ausência de um líder forte, o extremismo e o crime organizado avançam.”

Governadores como Helder Barbalho (MDB), do Pará, e Carlos Brandão (PSB), do Maranhão, destacaram a importância da defesa do Estado Democrático de Direito e do diálogo pacífico. Já Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo, afirmou. “Atos de violência não têm lugar em uma sociedade que deseja paz e estabilidade.”

No Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) classificou o ocorrido como “muito grave”.

O caso está sendo investigado pela Polícia Federal (PF), sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes no STF. Após o atentado, a segurança na Praça dos Três Poderes foi reforçada. Vias próximas aos prédios dos Três Poderes foram temporariamente bloqueadas e só foram reabertas no final da manhã de quinta-feira (14).

Apesar do reforço, o governo descartou recolocar grades no entorno do Palácio do Planalto, uma medida adotada após os atos de 8 de janeiro, mas revertida em maio deste ano. A decisão de evitar a recolocação de grades busca manter um clima de normalidade com a proximidade do encontro do G20, que acontece entre 14 e 16 de novembro no Rio de Janeiro. Além disso, o presidente da China, Xi Jinping, permanecerá no Brasil até o dia 21, quando se reunirá com Lula no Palácio da Alvorada.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não comentou o episódio. Segundo Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), o presidente só falará sobre o caso se questionado publicamente. Lula, no entanto, se reuniu com o diretor da PF, Andrei Rodrigues, ainda na noite de quarta-feira, para discutir o ocorrido.

 

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